Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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A geração de energia hidrelétrica registrou forte recuperação em 2024. Houve aumento de 10% alcançando 4.578 TWh, enquanto a capacidade de UHEs reversíveis cresceu 5%, atingindo 189 GW, de acordo com o relatório anual da Associação Internacional de Hidroeletricidade (IHA, na sigla em inglês). O relatório “World Hydropower Outlook 2025”, divulgado pela entidade, revela um impulso significativo no desenvolvimento hidrelétrico global, com destaque para o crescimento acentuado das UHERs.
Segundo dados do relatório, a energia hidrelétrica continua sendo a maior fonte de geração renovável do mundo, fornecendo 14,3% da energia global ao mesmo tempo em que apoia o setor com flexibilidade do sistema elétrico em mais de 150 países.
Em 2024, foram adicionados 24,6 GW de nova capacidade hidrelétrica globalmente, incluindo 16,2 GW de hidrelétricas convencionais e 8,4 GW de usinas reversíveis. As adições anuais de UHERs praticamente dobraram nos últimos dois anos, elevando a média quinquenal para 6 GW por ano. Nas duas décadas anteriores o volume era de 2 a 4 GW ao ano.
De acordo com a IHA, o pipeline de desenvolvimento hidrelétrico global agora ultrapassa 1 TW (aumento de aproximadamente 8%), incluindo cerca de 600 GW de projetos de reversíveis e 475 GW de projetos convencionais. Com base nos cronogramas típicos de projeto, espera-se que a maior parte da capacidade em construção seja comissionada até 2030.
A China manteve-se na vanguarda do desenvolvimento, adicionando 14,4 GW de capacidade hidrelétrica em 2024, com mais da metade sendo de reversíveis. Esses dados, avalizam a IHA, mostram que o país “está no caminho certo para exceder sua meta de 120 GW até 2030”.
A África mais que dobrou suas adições de capacidade de 2023, com mais de 4,5 GW entrando em operação em 2024. No continente, a hidroeletricidade já fornece 20% da geração total, com apenas 11% dos mais de 600 GW do potencial aproveitado.
A Europa viveu um ano classificado como histórico para as renováveis em 2024, com picos mensais frequentes onde hidroeletricidade, eólica e solar lideraram a matriz energética. Impulsionada por chuvas excepcionais, a produção hidrelétrica aumentou para um recorde de uma década de 680 TWh.
Apesar das tendências positivas, o setor enfrenta uma possível escassez na faixa de 60 a 70 GW até 2030 em relação à meta de hidroeletricidade da Agência Internacional de Energias Renováveis em seu cenário de “triplicar as renováveis”. Segundo a IHA, as aprovações de projetos aceleradas e financiamento serão fundamentais para fechar essa lacuna.
Em 2024, a força de trabalho do setor hidrelétrico ultrapassou 2,3 milhões de empregos, e a quantidade de energia da fonte foi equivalente a 10 vezes o consumo total de eletricidade da França. Além disso, foram evitadas 2,2 bilhões de toneladas de CO2 em comparação com a geração de ciclo combinado a gás.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental
