Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Geração de energia solar fotovoltaica cresce 9,9% no Brasil em maio

Em: 23/06/2025 às 09:16h por Canal Energia

ONS recomendou maximizar disponibilidade de usinas térmicas para manter o atendimento do país no 2º semestre

A geração de energia solar fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 9,9% em maio, para 3.438 megawatts médios (MWmed), ante 3.127 MWmed no mesmo período de 2024, mostra o boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No levantamento, são consideradas apenas as usinas de geração centralizada.

As eólicas e térmicas também apresentaram incremento no mês, com avanços de 18,6% e 16,4%, respectivamente. Na mesma base de comparação, as hidrelétricas registraram queda de 10,9% na geração de energia elétrica. No total, a produção de energia no SIN registrou 71.855 MW médios, redução de 2,1% em relação ao igual período anterior.

De acordo com a CCEE, o consumo de energia elétrica no SIN apresentou queda de 2,8% em maio, registrando 68.149 MW médios. O Ambiente de Contratação Livre (ACL), apresentou alta de 2,5%, enquanto o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) queda de 6,5%.

Na análise regional, destaca-se que em maio de 2024, sob influência do fenômeno El Niño, as temperaturas apresentaram valores elevados no Sudeste e região central do país, sendo registrados diversos episódios de ondas de calor durante o período de atuação do fenômeno.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as temperaturas foram inferiores em todos os estados, com exceção do Rio Grande do Sul, Acre e nos estados do Piauí, Ceará e Paraíba. Neste contexto, os estados do Acre (25,6%), Maranhão (13,4%), Rio Grande do Sul (7,3%) e Paraíba (4,2%) apresentaram os maiores avanços, enquanto Rio de Janeiro (-11,4%), Mato Grosso do Sul (-9,7%), Amapá (-7,9%), Espírito Santo (-7,8%), Goiás (-7,2%) e São Paulo (-5,0%) as maiores quedas.

Com o aumento de unidades consumidoras varejistas no ACL, mais suscetíveis a impactos de menores temperaturas, os ramos de comércio (-0,2%) e serviços (0,0%) oscilaram entre estabilidade e ligeira queda, enquanto telecomunicações (-6,6%), transportes (-1,6%) e manufaturados diversos (-0,4%) registraram queda.

O setor de telecomunicações segue em trajetória negativa por mais de 12 meses, enquanto manufaturados diversos apresentou uma desaceleração em relação as quedas registradas nos meses anteriores, e transporte inverteu a tendência de alta presente desde o início de 2025. Na outra ponta, as maiores altas ficaram com os ramos de extração e minerais metálicos (14,5%), alimentícios (5,1%), e saneamento (4,2%)



ONS recomenda maximizar disponibilidade de térmicas

 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou na última quarta-feira (11/06), durante reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), os resultados das projeções para o atendimento energético até o final de novembro de 2025. O Operador fez recomendações para manter o atendimento de potência no segundo semestre e ainda iniciar a recuperação dos níveis de armazenamento na região Sul.

Entre as propostas para reforçar o atendimento de potência estão itens como utilizar a capacidade de modulação das usinas hidrelétricas do rio São Francisco e da UHE Itaipu, bem como maximizar a disponibilidade da geração termelétrica, tanto das usinas merchant quanto das usinas GNL, neste último caso sem a necessidade de antecedência de 60 dias para o despacho.

O CMSE já havia aprovado, em reunião anterior, a antecipação, para agosto de 2025, do suprimento de energia dos vencedores do leilão de reserva de capacidade de 2021.

"Há uma perspectiva de elevação dos níveis dos reservatórios do Sul a partir de agosto, mas seguimos atentos à região. A questão do atendimento de potência no segundo semestre também se mantém como prioridade e propusemos diferentes ações que vão garantir o atendimento da demanda", afirma o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.

As projeções de afluência no período de junho a novembro estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT), tanto no cenário inferior (65% da MLT), como no superior (89% da MLT). Conforme o operador, o cenário geral é de pleno atendimento da demanda.