Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Carga deverá apresentar crescimento de 5,4% no ano, aponta ONS

Em: 25/10/2024 às 08:50h por Canal Energia

Em termos de meteorologia, o Operador vê a formação de corredores de umidade do Norte para o Sudeste, característico do início do período úmido

 

A carga no SIN em novembro deverá apresentar expansão de 0,7%, essa é a previsão inicial para o período apresentada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico no primeiro dia da reunião mensal do PMO para o próximo mês. Se essa estimativa se confirmar serão 81.582 MW médios. Em dezembro o índice é inicialmente calculado em alta de 0,9% com 81.119 MW médios. Na base anual a expectativa é de expansão de 5,4% com 79.989 MW médios de carga, um índice 1,4 ponto percentual acima do previsto na 2ª revisão quadrimestral da carga, que estava calculada em 78.978 MW médios.


No SE/ Centro-Oeste, a estimativa é de queda de 1,4% no mês de novembro, no mês de dezembro a estimativa inicial é de queda mais expressiva com 4,1%. Se essas previsões se confirmarem serão 45.729 MW médios no próximo mês e de 45.306 MW médios, respectivamente. No índice anual, o ONS projeta crescimento de 5%, um índice 1,8 pp acima do esperado na 2ª revisão quadrimestral da carga com 45.301 MW médios.


Já para o subsistema Sul a estimativa para o mês que vem é de crescimento de 4,4% quando comparado mesmo período do ano anterior. Se confirmado serão 13.989 MW médios. Já em dezembro a expectativa inicial é de alta de 1,8% com 14.077 MW médios. Na base anual a sinalização é de alta de 5,2% ante 2023, ou 0,6 p.p. acima do projetado na 2ª revisão do plano 2024-2028, podendo, assim, chegar a 13.720 MW médios.


No Nordeste, o mês de novembro deverá apresentar um comportamento de estabilidade para 13.608 MW médios em novembro, já para dezembro a expectativa é de alta de 1,6% ante o mesmo período de 2023, com 13.631 MW médios. Com isso, o cálculo sinaliza alta de 5,3% na base anual ante 2023, na 2ª revisão era esperada alta mais modesta, de 4,7%, mostrando uma aceleração na demanda para 13.151 MW médios.


Para finalizar, a região Norte, a previsão inicial do PMO de novembro aponta um índice de expansão de 8,3% em novembro, para 8.256 MW médios, e em dezembro o crescimento é estimado em 11,4%, para 8.105 MW médios. Assim, no ano é esperado uma alta de 8,5% na carga nessa região, 1,3 p.p. acima do que está calculado na 2ª revisão quadrimestral, alcançando 7.815 MW médios.


Meteorologia


Nessa primeira etapa da reunião do Programa Mensal de Operação, que será complementado na sexta-feira, 25, o ONS informou que em termos de meteorologia é esperado que nos 20 primeiros dias de novembro haja maior precipitação. Esse volume esperado ainda precisará ser confirmado com o passar do tempo, mas contrasta com os baixos volumes de chuvas verificados em outubro.


Tanto é assim que no mês que se encerra na semana que vem há a expectativa de que sejam registrados os menores volumes de ENAs no NE com 41% da MLT e no Norte com 50% da MLT, no Sudeste a situação não é melhor, a perspectiva é de que termine outubro com apenas 49% da média de longo termo.


Nas principais bacias do Sudeste a expectativa é de que este mês seja marcado pelo fechamento com a 4ª menor ENA para a bacia do Paranapanema a 9ª menor no Paraná e a 6ª menor no rio Grande.


Contudo, em novembro a estimativa é de que para as principais bacias do SIN seja verificado aumento da precipitação com a formação de corredores de umidade no Norte para o Sudeste, conforme já havia antecipado a meteorologia Marcely Sondermann, da Climatempo, no CanalEnergia Live da última quarta-feira, 23 de outubro. Segundo o ONS, o Norte e NE também deverão ver variação com aumento das chuvas, no sul é que a variação não será tão expressiva.


Nesse momento, explicou o Operador, os modelos norte-americano e australiano mantêm o aviso de ocorrência de La Niña. O momento é de neutralidade, mas há chance de configuração do fenômeno que deverá ser de intensidade fraca e de menor duração por conta da demora em sua configuração. Tanto que, anteriormente a probabilidade de ocorrência do fenômeno era de 60% caiu para 50% atualmente, esse índice chegou a ser de 70% cerca de três meses atrás. Essa situação, apontou o ONS aumenta incerteza e dificulta a previsão dos próximos meses.