Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Com foco numa transição energética mais justa, as fontes renováveis ficaram ainda mais evidentes nesse cenário. Enquanto o resto do mundo precisa correr atrás para cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Paris, o Brasil está à frente com fontes avançadas, e isso inclui a geração solar, eólica e também o biogás, que é uma promessa para os próximos anos.
O mercado da geração solar vem dobrando a cada ano e segue mantendo esse crescimento. A capacidade de geração no Brasil é de 46 GW, já a geração solar centralizada ultrapassou 15 GW de potência operacional. De acordo com Carlos Dornelas, Diretor Técnico Regulatório da Absolar, que participou do evento Energy Solutions Show, que aconteceu nesta quarta-feira, 23 de outubro, em São Paulo, o consumidor vem buscando a energia mais barata e sustentável e que muitas vezes ele mesmo consegue gerenciar.
“É preciso entender a diferença entre geração distribuída e geração centralizada. São públicos distintos. Cada vez mais o consumidor quer escolher e ter segurança, e o que ele pode fazer é instalar seu próprio sistema de geração, com sistemas solares e baterias”, ressaltou Dornelas.
Embora o biogás seja uma promessa, seu crescimento ainda é tímido no Brasil. Enquanto sua expansão foi de cerca de 10% no mundo, o Brasil aumentou 1,5% da oferta de energia interna, apontou Talyta Vianna, Coordenadora de Assuntos Regulatórios da Abiogás. Gerado a partir de setor sucroenergético, produção agrícola, resíduos animais e aterro sanitário, o biogás, quando transformado em biometano, é capaz de reduzir mais de 90% as emissão no setor de transporte, o que é muito utilizado para descarbonização, além da vantagem de poder ser estocado.
Segundo Talyta, o grande desafio é como enxergar e valorizar essa fonte, pois não é uma questão somente de preço, é preciso que aconteça ajustes regulatórios para melhorar o potencial do biogás e assim alavancar o insumo no setor elétrico.
Carolina Yukie, Diretoria Técnica da Abeeólica, apontou que a chegada de data centers no Brasil fará o consumo de energia crescer, e as fontes renováveis precisam estar aptas para suprir essa demanda. “A energia eólica hoje no Brasil tem uma representatividade muito grande, temos cerca de 30,4 GW de capacidade instalada, é um crescimento exponencial grande e rápido, e a expectativa é continuar crescendo cada vez mais”, encerrou a diretora.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental