Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A inclusão de sistemas de armazenamento de energia em leilão de reserva de capacidade permitiria ampliar a participação de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira e reduzir o uso de termelétricas, resultando em menores custos para o consumidor, avalia a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar)
Na última sexta-feira (27/09), o Ministério de Minas e Energia (MME) abriu a Consulta Pública nº 176/2024, para definição das diretrizes do Leilão de Reserva de Capacidade, previsto para junho de 2025, contemplando pela primeira vez a inclusão de sistemas de armazenamento com baterias.
Conforme a Absolar, as tecnologias de armazenamento podem ajudar a reduzir o uso de termelétricas fósseis emergenciais e poupar os reservatórios das hidrelétricas, beneficiando os consumidores com tarifas menores ao longo do tempo.
Adicionalmente, os sistemas de armazenamento ajudam a ampliar a participação de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, incluindo a energia solar. “O armazenamento de energia elétrica pode ajudar a reforçar estruturalmente a segurança do sistema elétrico brasileiro”, declarou o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia.
“Os sistemas de armazenamento podem ser combinados com a fonte solar, para trazer mais independência, autonomia, versatilidade e controle aos consumidores sobre seu uso de eletricidade. Ao associar a geração fotovoltaica com baterias, podemos reduzir a necessidade de termelétricas fósseis emergenciais”, destacou.
Outro benefício trazido pelo armazenamento é a possibilidade de redução do desperdício de energia renovável, em razão de cortes determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Desta forma, a energia poderia ser armazenada para uso nos momentos de necessidade do sistema.
O presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, lembra que a maior inserção da geração renovável com baterias ajudaria a desacelerar a escalada da inflação no Brasil, que tem aumentado sobretudo pelos reajustes tarifários na conta de luz dos brasileiros.
“Somente em setembro deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou elevação de 0,84% no preço da energia elétrica, por conta do uso de mais termelétricas fósseis emergenciais, sendo o principal fator de alta do índice no período”, apontou.
“Portanto, a inserção de tecnologias de armazenamento de energia elétrica no leilão de reserva de capacidade abre o caminho para o Brasil avançar, com mais força, na transição energética e na descarbonização das atividades econômicas de setores produtivos, lançando mão de soluções mais sustentáveis, seguras e competitivas”, concluiu Koloszuk.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental