Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Um estudo da Climatempo em parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) reforça que o volume e intensidade de raios vem aumentando sobre os ativos do setor elétrico nos últimos anos, em especial nas linhas de transmissão. A análise recai na densidade das descargas elétricas ao longo de 11 anos na linha em 500 kV Bacabeira-Parnaíba, da Argo Energia no Maranhão, com a conclusão apontando para necessidade de LTs mais robustas do ponto de vista de resistividade elétrica.
“É uma constatação das próprias transmissoras, que estão tendo mais desligamentos e interrupções nos últimos anos possivelmente por conta da maior frequência de raios e ventos”, conta à Agência CanalEnergia o gerente Técnico da Climatempo, Pedro Regoto. O trabalho em questão combinou a análise meteorológica e outra específica elaborada pelo professor do CEFET, Rafael Alip, que utilizou os dados de raios para alimentar um modelo de simulação envolvendo a performance das linhas.
Segundo Regoto, foi realizado tanto um comparativo com projetos básicos das linhas, por meio de dados antigos, atualizando-os e comparando através de diferentes métodos de cálculos. O processo trouxe uma visão crítica em relação a projetos iniciais de LTs potencialmente defasadas. Tal constatação é corroborada por outros levantamentos da Climatempo na Bahia, Mato Grosso do Sul e outras localidades. Os dados mostram que desde 2013 (data do começo das pesquisas), os números vêm crescendo quase que anualmente.
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