Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Petrobras defende combate a desmatamento em troca de licença para óleo

Em: 29/07/2024 às 08:41h por EPBR - jornalismo e política energética

Em busca da licença para exploração no offshore do Amapá, na Bacia da Foz do Amazonas, a Petrobras pretende levar a discussão ao CNPE e, segundo a diretora de E&P, Sylvia Anjos, o Brasil pode usar recursos da produção de petróleo para combater as emissões relativas ao desmatamento e queimadas.

“Podemos fazer uma grande sinergia, o Ministério Minas e Energia com a Petrobras e o Ministério do Meio Ambiente. Nós temos que ajudá-los a combater o maior problema, que é o desmatamento, queimadas. A gente pode fazer uma parceria nesse sentido e a gente vai reduzir a emissão do Brasil enormemente”, afirmou à epbr.

“Qual é a política energética do país? O óleo e gás fazem parte da nossa política energética? Se a resposta é sim, nós temos que atuar nesse sentido. Se a resposta for não, aí é diferente”, disse a executiva.

- Sylvia Anjos concedeu a primeira entrevista após assumir o cargo no estúdio ABPIP, durante a Sergipe Oil & Gas, em Aracaju. Veja a íntegra: ‘Qual a política energética do país?’, questiona Sylvia Anjos.

Ao assumir, a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, já havia afirmado entender que a discussão sobre a licença para exploração do FZA-M-59 ultrapassa a discussão técnica sobre o licenciamento em si.

- A companhia defende, contrariando a posição do Ibama, que todos os requisitos foram atendidos. Esse ano, o órgão ambiental voltou a consultar a Funai e a Petrobras aguarda uma resposta do pedido de reconsideração da licença negada ano passado.

- Após a mudança na gestão, Lula elevou a pressão em favor da exploração na região (“Vamos explorar”).

- Além do projeto da Petrobras, a licença na Foz do Amazonas representa a abertura de uma fronteira, o que é contestado por ambientalistas, inclusive pela contratação de mais óleo para o futuro, além dos impactos na região da Margem Equatorial.

Em Sergipe, a Petrobras assumiu com o governo do estado o compromisso de tentar, novamente, contratar as plataformas para águas profundas o mais rápido possível. A licitação mais recente fracassou – a companhia desclassificou a única proposta feita em junho. Está, contudo, avaliando o modelo, se vai tentar novamente um contrato de afretamento.