Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Pouco mais da metade dos agentes da indústria brasileira desconhece o conjunto de subsídios que compõem a conta de luz, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apenas 43% dizem conhecer o financiamento de políticas públicas com as tarifas de energia.
A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (1/7), aponta que a carga tributária é a principal preocupação dos executivos, com 78% atribuindo aos impostos o fator de maior impacto na conta de energia. Para 47%, os encargos são os vilões do custo elevado do serviço de energia.
Atualmente, impostos e subsídios representam, no total, 44,1% do valor da conta de luz, de acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“O custo da produção da energia no Brasil é barato, mas a nossa conta de luz é uma das mais caras do mundo”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
- Dos que alegaram desconhecimento, 57% correspondem a agentes industriais de pequeno porte; 53% são de médio e grande porte.
- Entre os que disseram ter conhecimento dos subsídios, 14% responderam que concordavam totalmente com a existência dos encargos, e 31% declararam rejeição total. Mais de 40% sinalizaram consentimento parcial.
- Foram 1.002 entrevistados, de empresas de pequeno, médio e grande portes, entre os dias 30 de abril e 24 de maio. Veja a íntegra (.pdf)
O governo prometeu encontrar propostas para redução desse custo, mas foi alvo de críticas de industriais ao editar a MP 1212, que prorrogou o desconto nos encargos para fontes renováveis. Levou a uma corrida por projetos, que podem adicionar bilhões à CDE.
- Esse é um tema que vem sendo debatido internamente pelo Ministério de Minas e Energia há alguns meses, com interlocução junto ao Palácio do Planalto.Mercado livre.
A pesquisa apontou que 26% dos consumidores de alta tensão aderiram ao mercado livre de energia, sendo que apenas 10% operam exclusivamente nesse modelo. Ao menos 56% dos participantes disseram que ainda compram energia exclusivamente no mercado cativo.
- A média de economia para as indústrias que entraram no mercado livre chega a 29%.
Questionados sobre a intenção de migrar para o mercado livre, 33% dos industriais dizem querer aderir à modalidade, 21% afirmam que talvez possam migrar e 42% não pretendem fazer esse movimento. O índice, no entanto, aumenta para 48% se levado em conta só médias e grandes indústrias.
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