Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

MME destaca importância do setor de óleo e gás para a transição energética

Em: 25/04/2024 às 10:03h por MME - Ministério de Minas e Energia

Em evento realizado em parceria com a PPSA e a EPE, representantes do ministério debateram sobre a relevância desses recursos energéticos para o desenvolvimento do país

 

Ministério de Minas e Energia (MME) promoveu, nesta quarta-feira (24/04), o evento "Transição Energética Justa, Inclusiva e Equilibrada: Caminhos para o setor de óleo e gás viabilizar a nova economia verde".  No debate, representantes do MME, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) destacaram a importância desses recursos para transição energética, para a soberania nacional e autossuficiência na produção de combustíveis.

Isso porque mesmo em um cenário em que as emissões sejam zeradas, o mundo ainda consumirá petróleo. A estratégia, para isso, é encontrar outras formas de compensar os gases de efeito estufa lançados na atmosfera pelos combustíveis fósseis, como destacou o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, no evento.

"O petróleo produzido no Brasil tem uma pegada de carbono menor do que a média mundial e, caso parássemos a produção, teríamos que importar derivados de petróleo com uma pegada de carbono muito maior. O petróleo é e continuará sendo importante nas próximas décadas, sendo um importante vetor de desenvolvimento tecnológico e inovação, além de promotor de desenvolvimento econômico e social e gerador de emprego e renda”, explicou o secretário.

A solução para o problema climático inclui a indústria de óleo e gás, ao assegurar não só a segurança energética, mas o desenvolvimento econômico e qualidade de vida das em uma transição centrada em pessoas. O setor também garante a capacidade de investimento e inovação, proporcionando novas tecnologias de descarbonização e financiamento da transição energética para fontes renováveis. Por fim, a expertise técnica e infraestruturas, também podem ser aproveitadas para viabilizar o transporte de hidrogênio e CO2, por exemplo, além do uso de terminais de GNL para o comércio de hidrogênio e amônia, apontam projeções da EPE.

De acordo com o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, essas e outras estratégias estão previstas no Plano Nacional de Transição Energética, elaborado pelo MME. “Estamos propondo um plano que traz, de maneira mais estruturada e transparente, esse conjunto de medidas, no sentido de organizar todos os esforços que precisamos fazer para garantir que o setor energético dê sua contribuição na mitigação das emissões, no alcance da neutralidade de carbono e nos objetivos de desenvolvimento econômico e social do país”, completa.

Outro ponto destacado durante o evento diz respeito ao corte da produção de petróleo e a correlação com as metas de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, em inglês) do Brasil. A única emissão de GEE contabilizada na exploração e produção é aquela relacionada à energia consumida e aos processos envolvidos na prospecção e extração de O&G, o que é considerado pouco, frente ao total do setor de energia (5,5%) e apenas 1% do total de emissões do país.

Segundo a EPE, deixar de produzir petróleo não implicaria na redução drástica das emissões nacionais, uma vez que o consumo interno de derivados continuaria a existir, sendo necessária a importação para atendimento da demanda. Além da EPE, MME e PPSA, o evento reuniu representantes de vários órgãos, autarquias e empresas do setor.

Corte nas emissões

O Brasil já está à frente de outros países do mundo neste cenário, ao contar com uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, com as emissões do setor de energia representando apenas 18% do total, conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a previsão é que esse percentual melhore ainda mais, trazendo benefícios ao meio ambiente e à população brasileira.

"O presidente Lula, desde que assumiu o seu terceiro mandato, vem trabalhando para reverter a curva crescente de desmatamento que vínhamos observando na Amazônia nos últimos anos. Nossa agricultura e pecuária também vem se desenvolvendo e se tornando cada dia mais produtiva, num esforço conjunto ao setor de combustíveis e energia para cumprirmos com as metas internacionais assumidas", pontuou o ministro.