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Fortescue e OCP formam joint venture de hidrogênio verde e fertilizantes no Marrocos

Em: 23/04/2024 às 09:48h por EPBR - jornalismo e política energética

Objetivo da parceria é fornecer H2 e amoníaco para utilização tanto como fontes de energia verde como na produção de fertilizantes

 

A Fortescue e o grupo OCP de fertilizantes à base de fosfato anunciaram nesta segunda (22/4) a formação de uma joint venture no Marrocos para fornecimento de hidrogênio verde, amoníaco e fertilizantes. A intenção é atender o mercado local e a Europa, além de outros países interessados nos insumos de baixo carbono.

A parceria inclui a implantação de uma planta de produção e um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Marrocos. Localizado ao lado da Universidade Politécnica Mohammed VI (UM6P), próximo a Marrakech, o centro de P&D será responsável por pesquisas em energias renováveis, hidrogênio verde e processamento de minerais.

Juntas, as duas empresas têm planos para dar escala à capacidade de produção integrada de amônia verde e fertilizantes, incluindo energias renováveis, geração de energia, eletrólise, amonificação e produção de fertilizantes.

A join ventura analisa ainda a viabilidade de fabricação de tecnologia e equipamentos verdes, além de buscar colaboração de fundos de capital de risco corporativos para impulsionar o investimento em tecnologia.

Hidrogênio para fertilizantes

Segundo as empresas, o objetivo da parceria é fornecer hidrogênio verde e amoníaco para utilização tanto como fontes de energia verde como na produção de fertilizantes customizados e neutros em carbono que sejam acessíveis e econômicos para agricultores de todo o mundo.

“Este é um passo fundamental para concretizar a nossa visão de garantir simultaneamente a segurança alimentar global e combater as alterações climáticas”, disse o presidente e CEO do Grupo OCP, Mostafa Terrab.

Para o presidente executivo e fundador da Fortescue, Andrew Forrest, o Marrocos será um ator importante na transição energética global, uma vez que abriga alguns dos recursos eólicos e solares mais promissores do mundo, tem dois grandes litorais e está próximo da Europa e das Américas.

“Juntos, seremos um originador chave e um corredor verde para a Europa e de lá para a bacia do Atlântico”, afirma Forrest.