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G20: Primeiro dia de reunião é marcado pelo debate sobre a redução dos riscos de financiamento para a transição energética

Em: 17/04/2024 às 08:37h por MME - Ministério de Minas e Energia

Coordenado pelo MME, Grupo de Trabalho do G20 reuniu 40 delegações entre países membros, convidados e organizações internacionais

 

Ministério de Minas e Energia (MME) iniciou, nessa segunda-feira (15/4), a segunda reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre Transições Energéticas do G20. O avanço no acesso ao financiamento para a transição energética, principalmente nas economias emergentes, foi o tema principal do debate do GT, que reuniu aproximadamente 40 delegações estrangeiras, entre países membros do G20, países convidados e organizações internacionais convocado pelo Brasil. O encontro, coordenado pelo MME, marcou o inicio das agendas presenciais e aconteceu na sede do Serpro, em Brasília (DF).

As atividades do GT tiveram início com um diálogo de alto nível. Para a assessora especial do MME e coordenadora do GT sobre Transições Energéticas no G20, Mariana Espécie, o debate teve como objetivo abordar os desafios, com destaque para o planejamento energético e o desenho de políticas e ferramentas que facilitem o financiamento para energia limpa.

“A transição energética pode apresentar numerosos benefícios sociais, econômicos e ambientais, desde a mitigação das emissões de gases de efeito estufa até a melhoria do acesso à energia e das condições de vida da população”, pontuou. “Esse processo demandará tanto recursos públicos, como recursos oriundos de capital privado. As propostas apresentadas nesse diálogo contribuíram para demonstrar aos países do G20 a importância da mobilização de recursos financeiros para as economias emergentes, com destaque para o que precisa ser feito para atrair esses investimentos nos mercados internos”, acrescentou Espécie.

Um ponto que o Brasil apresentou na reunião do GT e trouxe como uma proposta para o G20 foi sobre a importância do planejamento energético, em seus diferentes horizontes - curto, médio e longo prazo - para a decisão final de investimentos.

De acordo com a coordenadora, a visão de futuro pode contribuir para reduzir os riscos de investimentos. “O Brasil tem um protagonismo nessa agenda. Inclusive trouxemos muito da experiência brasileira nesse processo com a participação da interação entre o MME, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturar uma série de ações a nível nacional que foram capazes de atrair os investimentos em transição energética, principalmente com os leilões de geração e de transmissão, por exemplo”, detalhou Mariana.

Durante o primeiro dia de reunião, foram realizados painéis que discutiram temas, como a aceleração da energia limpa, focada em fontes de financiamento; e a redução do custo de capital para os países em desenvolvimento. No fim do dia, houve uma apresentação das experiências nacionais em redução de riscos no investimento em energias renováveis.

Ações mais efetivas

Na abertura da segunda reunião do GT, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que o mundo precisa de ações mais efetivas para garantir que o fluxo dos investimentos em transição energética chegue em maior escala nos países em desenvolvimento.

De acordo com estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA), para triplicar as renováveis em todo o mundo serão necessários investimentos anuais de US$ 4,5 trilhões até 2030. Em termos práticos, para alcançar essa meta, consensada na COP28, em Dubai, será necessário aumentar em seis vezes os investimentos anuais em transição energética.

O ministro ressaltou que as transições energéticas e a promoção do desenvolvimento sustentável estão no centro da agenda de trabalho do Brasil no G20. Segundo Silveira, a presidência do Brasil no GT de Transições Energéticas tem como objetivo apontar ao mundo os desafios que precisam ser enfrentados para que essas transições se deem de forma justa, inclusiva e equilibrada.

O grupo é coordenado pelo MME em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), e tem como objetivo compartilhar informações e promover uma ação política coordenada para acelerar e maximizar os benefícios da transição energética para todo o mundo.

Nesta terça-feira (16/4), as discussões irão prosseguir sobre o tema do financiamento e serão iniciadas as discussões sobre a dimensão social na transição energética, uma das prioridades da agenda de trabalho desse grupo.