Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, levaram a autoridades paraguaias o recado de que o Brasil não vai aceitar aumento de tarifa na renegociação do Anexo C de Itaipu. Silveira e Vieira foram a Assunção para participar de reunião com representantes do país vizinho nesta segunda-feira, 5 de fevereiro.
Fontes próximas ao MME confirmaram o encontro à Agência CanalEnergia, destacando que os ministros levaram aos parceiros paraguaios em Itaipu Binacional a preocupação com o impacto tarifario para os mais pobres e para o desenvolvimento do Brasil.
O impasse entre os dois países ficou claro na viagem do presidente paraguaio Santiago Peña a Brasília no mês passado. Peña participou de uma longa reunião no Palácio do Itamaraty com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva , que não escondeu na declaração conjunta com o colega paraguaio há divergências entre os dois países em relação à tarifa da energia da usina.
Lula afirmou na ocasião que tem muito interesse em que a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que venceu em agosto do ano passado, seja feita o mais rapidamente possível, e prometeu tratar pessoalmente do tema, em uma viagem ao país vizinho. “Nós temos que fazer uma discussão profunda sobre o Anexo C”, reforçou.
O Anexo que trata das condições comerciais para a venda da energia da usina venceu em agosto do ano passado, quando a dívida da construção de Itaipu Binacional foi completamente amortizada. A revisão das condições comerciais de venda da energia da usina está sendo discutida entre autoridades dos dois países, sem qualquer avanço significativo.
O governo brasileiro defende a manutenção da tarifa em US$ 16,71/kW, enquanto o Paraguai pressiona por um valor maior, na casa dos US$ 22,00, desconsiderando que o custo do financiamento para a construção da usina já foi totalmente amortizado.
Ao se associar, você passa a ter à sua disposição assessoria técnica e jurídica especializada.
