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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Aumento de empréstimo da CCEE pode ser alternativa para distribuidoras, admite Rufino

Aumento de empréstimo da CCEE pode ser alternativa para distribuidoras

Em: 03/06/2014 às 11:07h por Canal Energia

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Romeu Rufino, informou nesta terça feira, 3 de junho, que o governo e a Aneel já estudam uma solução para o descasamento entre as despesas com a compra de energia e fluxo de caixa das distribuidoras até o fim do ano. Uma alternativa é a ampliação do empréstimo de R$ 11,2 bilhões, intermediado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica com um pool de instituições financeiras públicas e privadas.
O eventual aumento do valor contratado vai cobrir a exposição financeira com a compra de energia no curto prazo e o custo da geração térmica a partir de maio. Rufino confirmou que as distribuidoras terão que pagar no próximo dia 9 de junho - data da próxima liquidação da CCEE - em torno de R$ 450 milhões referente as operações de abril, que ficarão sem cobertura da Conta ACR, que desembolsará os R$ 2,27 bilhões restantes. O valor de abril que ficou sem cobertura será repassado à tarifa no próximo reajuste de cada concessionária.

"Essa é a última liquidação feita antes do leilão A-0. A partir do próximo mês, que é maio, o grande valor, que era a exposição, foi mitigado. Será bem menor, mas ainda significativo", explicou Rufino, no intervalo da reunião semanal da diretoria da agência. Ele voltou a dizer que o gasto adicional previsto para as empresas de distribuição até dezembro era "a melhor estimativa que se tinha no momento", com base na variação média do Preço de Liquidação das Diferenças ao longo do ano.
Mas negou que a diferença entre o estimado e a necessidade real de cobertura dessas despesas seja consequencia da ausência de planejamento do governo. "Não vamos misturar precisão na estimativa, pelas variáveis que eu já comentei - valor do PLD, nivel da exposição - com falta de planejamento", disse.
Rufino comentou que terão de ser reiniciadas as negociações com os bancos e, caso haja a decisão de autorizar a ampliação do financiamento pela CCEE, não haverá a necessidade de contratar uma nova operação, mas apenas estender a que ja foi negociada pela Câmara."Temos agora talvez de estimar com melhor precisão o valor até o final do ano, após a contabilização de abril", afirmou.