Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Consumo pode crescer 5% em 2021, avalia Moody’s

Em: 11/12/2020 às 10:11h por Canal Energia

Agência de classificação de risco coloca perspectiva estável para o segmento de distribuição no ano que vem

 



A agência de classificação de risco Moody’s avalia que a perspectiva para o setor de distribuição no Brasil em 2021 é de estabilidade. Um dos pontos que permeiam essa análise é o quadro regulatório do segmento regulado que é classificado como amplamente favorável. A estimativa é de a demanda continuará se recuperando nos próximos 12 a 18 meses ante a queda proporcionada pela pandemia de covid-19 durante este ano.

Contudo, aponta em relatório divulgado nesta quinta-feira, 10 de dezembro, que a sobrecontratação das distribuidoras e a inadimplência, provavelmente, continuarão pressionando a geração de caixa das concessionárias. E ainda, que os investimentos devem permanecer elevados, enquanto fusões e aquisições e questões de cibersegurança oferecem riscos de crédito.

A expectativa é de quem em 2021 a demanda apresente um crescimento de 5% ao passo que a economia se recupere gradualmente. Mas a migração de consumidores cativos para o ACL manterá as concessionárias sobrecontratadas.

No que se refere aos investimentos os gastos deverão se acelerar no próximo biênio e com esforços não apenas para as perdas de energia mas também para adaptar a infraestrutura de redes para as necessidades do mercado ante a digitalização do setor e as consequências como a necessidade de mais segurança digital.

Como toda avaliação de risco, a Moody’s destaca que essa perspectiva pode ser alterada para positiva ou negativa. No primeiro caso essa mudança poderá ocorrer caso haja a expectativa de manutenção das margens operacionais acima de 15% por um período sustentável, liderado por uma recuperação da demanda robusta e antecipada ante ao que se espera atualmente, redução das perdas ou uma melhoria das despesas de operação. No sentido contrário, está a margem abaixo de 7%, dificuldades econômicas ou uma redução no suporte regulatório às empresas.