Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Os leilões para contratação de nova capacidade de geração de energia poderão passar por mudanças nas regras a partir do próximo ano, disse o secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Reive Barros.
Segundo o executivo, o novo governo teve o cuidado em manter, neste ano, as mesmas regras utilizadas em 2018. No entanto, deverá ser aberta uma audiência pública com propostas de mudanças nas diretrizes dos leilões para que os agentes possam participar desse processo.
“Em 2019 mantivemos, mas em 2020 e 2021 poderemos ter mudanças substanciais nas diretrizes dos leilões”, disse Barros nesta terça-feira, 23 de julho, após participar de evento de energia em São Paulo.
Barros destacou que o novo mercado de gás fará uma revolução no suprimento energético do país, permitindo que termelétricas e os setores industrial e comercial substituam combustíveis poluentes e caros pelo gás natural. Em dez anos, o Brasil deverá estar entre os dez maiores produtores de gás natural do mundo.
A demanda do gás natural passa pelo setor elétrico. Segundo o Plano Decenal de Energia (PDE), o Brasil precisa adicionar 13,8 GW de térmicas. Além disso, existem térmicas a óleo combustível (5GW) cujos contratos vencem entre 2022 e 2025. A ideia é que essas usinas tenham o combustível substituído pelo gás natural. Barros não soube dizer como será feita essa contratação, mas disse que o tema está sendo estudado pela equipe de planejamento energético.
“Precisamos dar as condições necessárias para que haja demanda para utilizar o gás do pré-sal e importado, porque a competição é importante. Para isso, tem que haver estimulo na produção do gás, no transporte, na distribuição e na comercialização do gás”, explicou o executivo do MME.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental