Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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O último boletim macro da FGV Ibre, divulgado nesta semana, aponta para a necessidade de um reajuste na tarifa de energia elétrica da ordem de 8% em 2014 para compensar os gastos extras acarretados pelo quadro de escassez hídrica.
O reajuste na conta de energia elétrica, aliado a outros aumentos como da gasolina e da tarifa de transporte, cujo relatório aponta necessidade de 15% e 6%, respectivamente, podem fazer com que a inflação dos preços administrados chegue a 7,1% e empurre o IPCA (medidor oficial da inflação) a ultrapassar o teto da meta, que é 6,5%.
"Não há como subsidiar o consumo num quadro de escassez hídrica, que força a utilização de fontes energéticas mais caras, ao mesmo tempo em que o governo procura reconquistar credibilidade comprometendo-se a atingir metas fiscais mais rigorosas. O ônus exato deste verão atipicamente seco, que ao chegar já encontrou reservatórios muito aquém de seus níveis de conforto, será conhecido nos próximos 30 a 60 dias e, com ele, a real necessidade de correção tarifária", diz o boletim.
O documento ressalta ainda uma preocupação com o risco de racionamento, ainda que considere que ainda é prematuro falar sobre o tema. "Entre outras coisas porque o custo fiscal do arranjo institucional que rege o setor elétrico brasileiro pode alcançar valores não triviais no ano em curso. Nessa eventualidade, os desembolsos a cargo do Tesouro poderiam comprometer o desejado e necessário esforço fiscal, desencadeando reações previsíveis quanto à evolução do risco país e estrutura dos juros futuros.
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