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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Santander vê risco de racionamento em março

Santander vê risco de racionamento em março

Em: 27/02/2014 às 13:12h por Jornal da Energia

Em relatório divulgado nesta semana, o Banco Santander já vê riscos reais de racionamento de energia elétrica em março. Ainda que esse cenário não se confirme, o banco já estima um aumento de tarifa da ordem de 25% por conta do despacho térmico, com rombo de R$13,9 bilhões.

Se as chuvas no próximo mês atingirem apenas 45% da média de longo-termo - o Santander trabalha com uma expectativa de 80% - o racionamento será necessário. "Acontecendo ou não, prevemos que o custo térmico continuará alto, em R$21,8 bilhões, caso os preços no mercado spot permaneçam na casa dos R$822/MWh (teto máximo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel).

"Se o sistema operar por meio do acionamento termelétrico, os custos fiscais e inflacionários serão significantes. Estimamos uma necessidade de reajuste da tarifa de 25%, dos quais apenas 7,5% serão repassados via inflação. O resto será coberto com subsídios governamentais, implicando em um custo de R$13,9 bilhões", disse.

Em caso de racionamento, o impacto no crescimento do país seria de 0,2 a 0,8 pontos percentual, dependendo de sua agressividade, estima o Santander. Caso a medida seja adotada, os setores mais afetados seriam as empresas não-suficientes em energia e com forte atuação no mercado interno, como as siderúrgicas, por exemplo. Os menos afetados, por sua vez, devem ser: Serviços (bancos, instituições financeiras, setor de educação, etc.), indústrias auto-suficientes em energia e exportadoras (papel e celulose, agronegócio),entre outras.

No setor de energia, as transmissoras passariam ilesas em caso de racionamento, mas as distribuidoras teriam impacto no curto prazo, a ser suprido nos reajuste tarifários, assim como as geradoras.