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ONS: mesmo baixos, reservatórios não preocupam

ONS: mesmo baixos, reservatórios não preocupam

Em: 20/01/2014 às 15:34h por Jornal Energia

Chipp afirma que chuvas devem voltar com maior intensidade no fim de janeiro e garantir abastecimento das hidrelétricas

O diretor do Operador Nacional do Sistema, Hermes Chipp, demonstrou otimismo com relação aos reservatórios, apesar da situação hidrológica do país mostrar o contrário. Segundo Chipp, na segunda quinzena de janeiro e início de fevereiro as chuvas devem voltar com maior intensidade e garantir o abastecimento das hidrelétricas do país.

De acordo com o diretor do ONS, como o período chuvoso iniciou agora e vai até abril, a expectativa é que logo os reservatórios estejam em níveis melhores. “O período úmido iniciou praticamente agora. Não estamos com níveis baixos, no Sudeste/Centro-Oeste está 42%, e isso representa 15% acima do mesmo período em 2013. E no Nordeste está com 38% - no ano passado estava em 30%. A intensidade das chuvas diminuiu agora, mas dezembro foi bom”, explicou Hermes Chipp, nesta segunda-feira (13/01), em entrevista à rádio CBN.

Acerca do despacho de térmicas, Chipp esclareceu que as termelétricas no país não estão operando em regime de base (acionamento total) até hoje. O diretor destacou que isso só ocorreu de outubro de 2012 até julho do ano passado, época em que foram paralisadas as térmicas mais caras, para reduzir a despesa do consumidor.

“Em setembro não houve nenhuma geração térmica despachada em complementariedade ao resultado da simulação térmica que fazemos toda semana. Hoje todas as térmicas estão despachadas na formação de preço, em complementar”, afirmou, acrescentando que não há nenhum adicional de tarifa hoje por conta de térmicas complementar.

Chipp disse ainda que na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que será realizado na próxima quinta-feira (16/01) deverá repassar ao Ministério de Minas e Energia (MME) que, a princípio, não há necessidade de despacho térmico complementar para garantir o fornecimento. “Não há nenhum risco de apagão, sobra energia”, destacou.

Por fim, sobre a questão da capacidade de esvaziamento dos reservatórios ser muito intensa, o diretor do ONS explicou que o país vem perdendo a capacidade de acumular água devido as restrições ambientais e as dificuldade de construir mais reservatórios. “Isso não chega a ser um problema porque nós temos na matriz brasileira a oportunidade de colocar outras fontes que complementam a geração hidrelétrica”, ressaltou Hermes Chipp.