Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Dilma confirma redução maior das tarifas e critica especulações sobre possível racionamento

Em: 23/01/2013 às 08:17h por Canal Energia

A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira, 23 de janeiro, a ampliação dos percentuais de redução na tarifa de energia elétrica, com a renovação antecipada das concessões de geração e transmissão que venceriam até 2017. Durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, Dilma informou que essa redução passará dos 16,2% inicialmente previstos para 18%, no caso dos consumidores residenciais, e de até 28% para até 32% para a indústria, a agricultura, o comércio e os serviços. Ela não disse, porém, quanto o Tesouro Nacional terá de desembolsar para garantir essa desoneração.

Os novos percentuais de redução de tarifa entrarão em vigor nesta quinta-feira, 24, com a publicação de uma medida provisória e de um decreto presidencial no Diário Oficial da União. "E a primeira vez que isso acontece, mas não é a primeira vez que nosso governo toma medidas para baixar o custo, ampliar o investimento, aumentar o emprego e garantir mais crescimento para o país", destacou Dilma, antes de afirmar que na área de energia eletrica, "as perspectivas são as melhores possiveis".

A presidenta destacou a entrada em operação de novas usinas e linhas de transmissão e disse que o país conseguiu aumentar em mais de 7%   a produção de energia. Ela previu que o pais vai crescer ainda mais nos proximos anos e descartou qualquer "risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio, ou no longo prazo".
 
"Esse movimento simultâneo nos deixa em situação privilegiada no mundo. Isso significa que o Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata. Significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e para o futuro", acrescentou Dilma. Ela lembrou que no ano passado entraram em operação 4 mil MW no sistema e 2.780 km de novas linhas de transmissão. Para 2013, a previsão, é de que haverá a entrada de mais 8.500 MW de energia e 7.540 km de linhas serão agregados à malha interligada.

Dilma lembrou que outras usinas e linhas de transmissão estão em construção ou fase projeto. "Elas vão nos permitir dobrar em 15 anos nossa capacidade instalada de energia elétrica, que hoje é de 121 mil MW", afirmou.

No discurso, a presidenta não poupou críticas às previsões pessimistas em relação ao futuro do abastecimento de energia no país, com a queda acentuada registrada no nível dos reservatórios das hidrelétricas entre o final de 2012 e o início desse ano. "As térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único quilowatt de que precisava e agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas", rebateu Dilma.

Para a presidenta, os críticos da política energética atual cometeram os mesmo erros de previsão quando disseram que o governo não conseguiria baixar a conta de luz e que o índice de redução do custo da energia seria menor que o anunciado em setembro do ano passado. Dilma destacou que a redução dos custos do setor produtivo significa "mais investimento, mais produção e mais emprego".

Ela reforçou em seguida que todos os brasileiros, sem exceção, sairão ganhando. "Aproveito para esclarecer que os cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão, ainda assim, a sua conta de luz reduzida, como todos os brasileiros", disse, em referência à decisão da Cemig, da Cesp e Copel de não renovar os contratos de de usinas hidrelétricas com concessões vincendas.