Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Ações das elétricas começam o ano em alta na bolsa

Em: 03/01/2013 às 07:55h por Valor

Após os reveses sofridos em 2012, as ações das elétricas começaram 2013 em alta. Com a reação do Ibovespa, que subiu 2,62% no primeiro pregão do ano, os investidores voltaram a olhar para os papéis, em busca de barganhas. O setor elétrico só ficou atrás do segmento de petróleo e gás entre os que registraram os piores desempenhos na bolsa no ano passado.

Ontem, as ações ordinárias da Eletrobras subiram 6,32% e encerraram o dia a R$ 6,73, depois de acumularem um tombo de 61,36% em 2012. As ações PNB da estatal também se valorizaram 4,48% no primeiro pregão do ano e fecharam a R$ 10,95. Em 2012, os papéis haviam caído 57,51%.

A Eletrobras é mais exposta às medidas adotadas pelo governo para reduzir a conta de luz e manteve-se no olho do furacão ao longo dos últimos seis meses. Mas agora há a percepção, entre alguns investidores, de que as más notícias já foram dadas e de que os papéis estão no fundo do poço.

Também se destacaram ontem na Bovespa a Eletropaulo, que fechou em alta de 4,76%, e a Cesp, que subiu 4,95%. As duas empresas também tiveram um péssimo desempenho em 2012, quando acumularam quedas de 47,40% e 38,76%, respectivamente.

As ações da CPFL e da Energias do Brasil (grupo EDP) apresentaram um bom começo de ano, com ganhos de 3,50% e 2,56%, respectivamente. A Equatorial chegou a apresentar altas expressivas, mas fechou com uma valorização mais modesta, de 2,44%. A empresa assinou conjuntamente com a CPFL, pouco antes do Natal, um compromisso de compra do Grupo Rede, que está sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na semana passada, a Cesp divulgou um estudo no qual demonstrava que deixaria sobre a mesa R$ 2,150 bilhões se aceitasse os termos do governo federal para renovação antecipada das concessões de suas duas hidrelétricas, Jupiá e Ilha Solteira. Pelos cálculos da Cesp, quando trazidos a valores presentes, as duas hidrelétricas vão gerar R$ 4,174 bilhões se forem mantidas até 2015, quando vencem os contratos. Devido ao corte nas tarifas, esse valor cairia para R$ 2 bilhões se a companhia prorrogasse as concessões por mais 30 anos, a partir de 2013, como queriam os membros do governo.

Embora não tenha sido afetada pelas medidas para renovação das concessões, a Eletropaulo já havia sido impactada, em julho, por uma revisão tarifária austera, o que derrubou suas ações. A empresa sofreu outro revés em dezembro, quando a Justiça determinou que ela terá de pagar à Eletrobras uma dívida de R$ 1,3 bilhão. Mas a companhia entrou com recursos. A empresa também vendeu, no fim do ano, um imóvel por R$ 160 milhões e anunciou um aumento de capital de R$ 100 milhões sem emissão de ações, o que melhorou o ânimo dos investidores.