Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Redução da tarifa deve ficar em 16%, mostra estudo da PSR

Em: 13/11/2012 às 09:16h por Canal Energia

A redução média nos custos de energia pretendida pelo governo federal com a publicação da Medida Provisória 579 não deve alcançar o percentual de 20%, ficando na casa dos 16%. A estimativa foi apresentada em estudo da PSR no workshop PSR-CanalEnergia "Análise e impacto da MP 579", realizado nesta segunda-feira, 12 de novembro. O estudo foi apresentado pelo presidente da PSR, Mario Veiga.

Segundo Veiga, o percentual de redução de 16% poderá ficar menor ainda caso aumente o número de concessionários que optarem pela não renovação dos seus ativos de geração ou transmissão, não aceitando a condições e os valores propostos pelo governo. "Se Cemig e Cteep não aceitarem, o valor vai para 14%. Caso apenas as empresas do grupo Eletrobras aceitem, a redução vai ficar em torno de 11%", adianta. A previsão anterior da PSR era de 19%.

Ainda segundo Veiga, a mudança nas previsões da empresa foi causada devido à alteração na expectativa de demanda feita pelo governo, que fez baseado em 2012, mas deveria ser a de 2013, o que diminuiu os benefícios, assim como a diminuição na energia cotizada, de 12.200 MW para 11.300 MW. A definição dos novos números da tarifa de operação e manutenção e da receita operacional permitida também fez com que se diminuíssem os benefícios.

Para o presidente da PSR, qualquer que seja o valor alcançado no intuito da redução dos custos ele vai ser positivo para o setor e para o país. "A atitude da presidente Dilma quebra paradigmas de que não seria possível reduzir os custos com energia. Decidir sobre a prorrogação das concessões é uma prerrogativa do governo", aponta. Ele também considera que o ideal teria sido desde as primeiras renovações de concessões exigir algum tipo de contrapartida em benefício do consumidor, o que está sendo feito agora.