Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A renovação das concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015 poderão significar em uma perda de receita de até R$ 5 bilhões para a Eletrobras, segundo disse o presidente da estatal, José Carvalho da Costa Neto, ontem. O executivo informou que os cálculos preliminares apontam para essa perda máxima, embora ele avalie que as perdas podem ser menores que os R$ 5 bilhões projetados.
"Nosso "business plan" está sendo concluído já levando em conta o vencimento da concessão e vamos tomar medidas de tal maneira a manter a capacidade de investimento e market share", disse ele a jornalistas.
"A perda de receita tem várias hipóteses e o máximo de perda seria de R$ 5 bilhões. O valor é o máximo, mas tenho impressão que pode não acontecer", acrescentou ele, ao lembrar que a receita anual da holding é de R$ 32 bilhões.
A expectativa é que o governo opte pela renovação onerosa das concessões do setor elétrico que expiram a partir de 2015, o que afetaria a receita das empresas uma vez que a ENERGIA produzida e transmitida a partir de ativos amortizados passaria a ser vendida a preços mais baixos.
Costa Neto espera compensar essa perda com grandes projetos hidrelétricos como Santo Antônio , Jirau, Teles Pires, parte de Belo Monte e a usina nuclear de Angra 3. "Eles (os empreendimentos novos) podem repor até com sobre essa perda de receita", estimou ele.
O executivo adiantou que o plano de negócios da empresa até 2021 prevê investimento médio anual de R$ 13 bilhões. Para este ano, a estatal pretende aplicar R$ 13 bilhões contra R$ 10 bilhões no ano passado.
O plano estratégico aponta ainda que os investimentos vão possibilitar um incremento na geração de 2,5 gigawatts em média por ano até 2021. "A Eletrobrás tem 38% da geração do país e precisamos continuar o investimento para manter o market share das nossas operações", completou ele.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental