Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Fiemt participa de encontro Indústria para Sustentabilidade durante a Rio + 20

Em: 21/06/2012 às 17:07h por Unecom - FIEMT

O conceito Indústria para Sustentabilidade foi amplamente debatido durante a apresentação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ocorrida na Conferência Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) Rio + 20, no Rio de Janeiro. A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) marcou presença durante as discussões que abordaram a atuação dos diferentes segmentos industriais na construção do desenvolvimento ambiental e socialmente sustentável. As práticas adotadas pelas empresas no processo de produção, energia e poluição estiveram entre as principais abordagens do evento.

O encontro promovido pela CNI teve como principais palestrantes a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a ex-primeira ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland, criadora do conceito de desenvolvimento sustentável e o economista Dani Rodrik, professor de Harvard. Participante pela indústria mato-grossense, o presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da Fiemt, Cleverson Cabral, ressaltou a importância das transformações dentro das indústrias para construção de modelo sustentável de produção. Além disso, Cabral destacou que durante o debate ficou claro que a busca é pela qualidade de vida da população agora e no futuro, não somente por índice de reduções de gases ou números sobre impactos ambientais.

Durante o encontro promovido pela CNI foram apresentados os dados sobre as mudanças sofridas pelas indústrias para o desenvolvimento sustentável. Cleverson Cabral, que participou dos debates, apontou a adoção dos motores bicombustíveis pela indústria automobilística, a reciclagem do alumínio e do aço e produção de energia renovável como os principais pontos positivos da indústria nacional. "Atualmente 98% do alumínio consumido no país é reciclado, com isso, além de diminuir o impacto na geração de resíduos, também é possível reduzir a exploração mineral. Também temos que destacar que 40% da frota de veículos leves já são flex e podem utilizar biocombustíveis".

Porém, foram feitas ressalvas que abrem caminho para novas discussões. "Apesar deste avanço da indústria de automóveis, somente 20% dos carros flex usam o etanol. É preciso viabilizar a adoção do combustível de fonte renovável".

De forma geral, o empresário destacou que a busca é por qualidade de vida para a população e que ainda existem problemas de ordem sanitária e de infraestrutura que prejudicam a sociedade. "Um encontro como este traz à tona fatos estarrecedores. Boa parte da população ainda utiliza fontes como carvão e lenha para cozinhar e esta é uma das principais causas dos problemas respiratórios. Além disso, a falta de água tratada e de energia elétrica também atingem grande parte dos países menos desenvolvidos".

No encontro Indústria para Sustentabilidade, que ocorreu no último dia 14 de junho, no Rio de Janeiro, foram ainda apresentados alguns índices sobre a produção sustentável, exemplo da celulose e o papel produzidos no Brasil, que provêm integralmente de florestas plantadas, enquanto a indústria química reduziu em 47% suas emissões de CO² em dez anos. A geladeira fabricada atualmente no país consome 60% menos energia do que há uma década e cada automóvel usa 30% menos água no processo de produção. A sardinha enlatada brasileira é certificada internacionalmente em critérios da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) para preservação da biodiversidade marinha. Esses e outros são avanços conquistados nos últimos 20 anos, que garantem à indústria nacional o status de sustentável.