Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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O leilão de concessões de transmissão desta sexta-feira teve deságio médio de cerca de 38 por cento, com a paranaense Copel e a chinesa State Grid arrematando a concessão do sistema que ligará as hidrelétricas do rio Teles Pires e as empresas do grupo Eletrobras Furnas, Chesf e Eletronorte levando cada um dos outros três lotes.
"Esse leilão se mostrou muito competitivo. Temos tentado aprimorar as regras e condições para torná-lo ainda mais competitivo", disse o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner a jornalistas, após o certame.
Os principais deságios foram apresentados por Copel e State Grid, de 43 e 36,96 por cento, garantindo uma receita anual de 126,4 milhões de reais pelo lote A e de 73,08 milhões de reais pelo lote B, a partir do momento que os empreendimentos entrarem em operação, em 32 meses. Nos dois consórcios vencedores -Sino-Copeliano e Guaraciaba-, a State Grid detém 51 por cento e a Copel, 49 por cento.
"A Copel tem participado ativamente dos leilões e o resultado do leilão respeita a rentabilidade para o negócio... A rentabilidade que nós propusemos aqui hoje é seguramente e significativamente maior que o nosso custo de capital próprio", disse o diretor de Engenharia da Copel, Jorge Andriguetto.
Às 14h26, a ação da Copel caía 2,27 por cento, a 43,10 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, subia 0,58 por cento no mesmo instante.
Andriguetto mencionou que os empreendedores poderão obter sinergias, já que a Copel é responsável pela construção e operação da usina hidrelétrica Colíder (300 megawatts), no Teles Pires, e a State Grid possui empreendimentos na região.
O diretor-geral da Aneel acrescentou que a Copel, ao ganhar a concessão de Teles Pires, abre para a possibilidade de antecipação da usina. Ele disse que a empresa pode decidir antecipar a linha de transmissão e, consequentemente, iniciar a geração e venda de energia antes do prazo do contrato fechado no mercado regulado, obtendo rentabilidade maior do empreendimento.
Já o presidente da State Grid Brazil Holding, Cai Hongxian, ressaltou que quer crescer no Brasil e tem interesse em parcerias com Copel, Eletrobras e outras empresas brasileiras.
A Eletrobras levou os lotes C por meio da Eletronorte e deságio de 8,98 por cento; D por meio da Chesf, com deságio de 5 por cento; e E, com Furnas e deságio de 2 por cento. A ação da companhia recuava 0,23 por cento, a 25,79 reais.
A Eletronorte garantiu receita anual de 7,08 milhões de reais e a Chesf receberá 10,694 milhões, enquanto Furnas terá receita anual de 7,004 milhões de reais, a partir do momento em que os empreendimentos entrarem em operação.
O lote C atenderá o crescimento de mercado no Amazonas, o lote D reforçará o atendimento à região metropolitana de Salvador e o lote E é destinado a aumentar a confiabilidade no suprimento de energia na cidade do Rio de Janeiro, em especial pela realização da Copa do Mundo em 2014.
A estimativa total de investimentos em todos os lotes licitados é de 2,9 bilhões de reais, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
2012
Os leilões de transmissão a serem realizados em 2012 deverão reunir empreendimentos que somam 6 bilhões de reais em investimentos, conforme estimativas da Aneel, já considerando o certame realizado nesta sexta-feira.
"Este ano vamos ter um volume grande de licitações de transmissão no país", disse Hubner, acrescentando que o leilão marcado para 20 de abril irá também reunir empreendimentos que estavam previstos para um certame posterior, somando 1,6 bilhão de reais em investimentos previstos.
Em julho ou agosto, a agência deverá licitar alguns trechos do sistema de transmissão da usina hidrelétrica Belo Monte, chamados "pré-Belo Monte". Já o projeto mais extenso, das duas linhas que interligarão a usina ao Sudeste e ao Nordeste, deverá ficar para 2013.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental
