Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Obra terá 1 mil vagas

Obra terá 1 mil vagas

Em: 18/05/2012 às 12:03h por Silvana Bazani/Jornal A Gazeta

img

Construção da Usina Hidrelétrica Teles Pires, na fronteira de Mato Grosso com o Pará, irá demandar a contratação de mais 1 mil trabalhadores a partir do próximo mês, aumentando em 40% o efetivo de funcionários no canteiro de obras do empreendimento onde atuam 2,5 mil atualmente. Até 2015, quando a UHE Teles Pires deve entrar em operação, o efetivo total irá aumentar em 72%, já que no auge das obras serão necessários 6 mil trabalhadores. Número corresponde a mais da metade (53%) da população de Paranaíta, município onde a usina está instalada, a 75 quilômetros do perímetro urbano. Usina é a maior de Mato Grosso e a 4ª maior do país em construção, superada apenas pelas UHEs de Belo Monte (Pará), Santo Antônio e Jirau (Rondônia). Para concluir as obras do empreendimento com potência energética de 1,819 mil megawatts (MW) estão sendo contratados trabalhadores da região e de outros estados, como Bahia, Minas Gerais, São Paulo, entre outros.

Por enquanto, o aproveitamento da mão de obra local corresponde a 45% do universo de contratados para execução do empreendimento, ou seja, cerca de 1,125 mil profissionais da própria região. Meta é alcançar 80%. Para isso, a identificação e qualificação dos trabalhadores é realizada por meio do Programa Acreditar, mantido pela empresa responsável pelas obras, a Odebrecht Construtora, em parceria com o governo federal (Programa Fome Zero) e o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Inscrições foram iniciadas em fevereiro do ano passado, em preparação para obra que começou em agosto. Foram registradas 4 mil inscrições e qualificados mais de 2 mil pessoas, segundo o diretor de contratos da Odebrecht na UHE Teles Pires, Antônio Augusto de Castro Santos. "Começamos com essa ação para outra obra nossa, a UHE Santo Antônio (Rondônia)".

De acordo com o diretor, as pessoas interessadas são inscritas no programa, recebem qualificação, mas sem o compromisso de trabalhar para a empresa. Na primeira semana de treinamento os matriculados recebem orientações sobre segurança e medicina do trabalho, meio ambiente, transmitidas por instrutores do Senai. Material pedagógico é fornecido pela Odebrecht Construtora. Posteriormente, nos módulos técnicos, os assuntos são divididos conforme cada função operacional, como por exemplo mecânica , eletrônica, carpintaria, operação de máquinas pesadas e caminhões, entre outras.

"Muitas vezes essas pessoas conseguem um emprego na própria cidade, depois de frequentar o Programa". Maioria dos inscritos, garante Santos, opta por trabalhar nas obras da usina. É o caso do cozinheiro Leandro César Rosa, 35, que abandonou o emprego de locutor de rádio para trabalhar no restaurante mantido pela empresa no canteiro de obras da UHE Teles Pires. "Fico aqui a semana toda e nos finais de semana vou para casa em Paranaíta". Para o trabalhador, o empreendimento aumentou as oportunidades de emprego e renda para população e refletiu nos salários pagos por outras empresas da região.