Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A carga de energia no Brasil avançou 1,7% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico, que publicou nesta quartafeira, 6 de agosto o Boletim Mensal. Já em relação ao mês de maio, o ONS observou queda de 2,2%. Assim, no acumulado dos últimos 12 meses, a carga aumentou 3,2% em relação ao mesmo período anterior. Considerando apenas o primeiro semestre houve expansão de 2,7% com relação ao mesmo período de 2024.
De acordo com o Operador, a variação positiva de 3,3% da carga ajustada, demonstra que os fatores fortuitos tiveram impacto negativo de 1,56 p.p. sobre desempenho da carga do SIN. O resultado, analisa o ONS, foi influenciado pela ocorrência de acumulados de precipitação superiores à média climatológica em todas as regiões do país. Sendo assim, resultou em temperatura máxima abaixo da média histórica na Região Sul, Norte e em parte o litoral da Região Nordeste e em temperaturas entre a média e abaixo da média na Região Sudeste e Centro-Oeste.
Na análise por subsistema, houve retração apenas no Sudeste/Centro-Oeste, com queda de 0,3%. Quando comparado ao mês de maio, a redução foi mais expressiva, com índice negativo em 3,5%. Portanto, no acumulado dos últimos 12 meses, a variação ainda é positiva, mas agora em 2,2%. O Operador ainda registra alta de 1,8% com relação ao 1º semestre de 2024.
Entre os destaques do ONS para a questão climática está o volume de chuvas superior à média histórica nos estados de São Paulo e Mato Grosso. Mesmo fenômeno foi reportado no sul de Minas Gerais, centro-sul de Goiás e norte do Mato Grosso do Sul.
Com relação às temperaturas houve mínima próxima a média mensal na Região Sudeste, em Brasília, Rio Branco e Palmas. Campo Grande foi a única capital da região que apresentou temperaturas mínimas inferiores à média, enquanto as demais capitais do Centro-Oeste tiveram anomalia positiva de temperatura mínima. Entretanto, a temperatura máxima ficou entre a média e abaixo da média, devido a incursão de massa de ar frio na segunda e quarta semana do mês, que provocou declínio acentuado da temperatura.
“Foram observadas temperaturas inferiores em São Paulo, Rio de Janeiro, Campo Grande, Cuiabá e em Rio Branco. Para as demais capitais que compõem o subsistema, as temperaturas se mantiveram estáveis em relação ao mês de junho de 2024”, aponta o ONS no documento.
Os fatores fortuitos tiveram impacto negativo de 2,2 p.p. sobre desempenho da carga do maior subsistema.
Enquanto isso, a carga no subsistema Sul indica variação positiva de 5,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Quando comparado a maior esse valor é 2,5% mais elevado. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação positiva soma 4,7%. Contudo, no acumulado de janeiro o final de junho índice apurado é 4,7% maior em relação ao mesmo período de 2024.
Naquela região as condições climáticas mostraram temperaturas extremas inferiores à média histórica e acumulado de precipitação superior à média climatológica para os três estados que compõem a região. O Rio Grande do Sul foi o que apresentou maiores totais de precipitação, com episódios mais significativos. O declínio acentuado de temperatura na região Sul é consequência da incursão de massas de ar frio, na região, na segunda e quarta semana do mês de junho.
Já na comparação com o mesmo mês do ano passado a temperatura máxima ficou inferior à observada em junho de 2025 nas três capitais da região.
O mês de junho no Nordeste terminou com alta de 2,9% na comparação ao mesmo mês do ano passado. Em relação a maio recuou 4,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 2,8% e de janeiro a junho houve crescimento mais modesto, com 1,9%.
Por sua vez, no Norte está a principal variação positiva do mês com alta de 4,9%. Ante o apurado em maio houve relativa estabilidade com alta de 0,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Norte apresentou uma variação positiva de 7% em relação ao mesmo período anterior. Já no 1º semestre a carga cresceu 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental