Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O mercado livre de energia elétrica ganhou participação em todos as unidades federativas do Brasil desde janeiro de 2024, quando ocorreu a abertura do Ambiente de Contratação Livre (ACL) para todos os consumidores de energia em média e alta tensão do país, mostra levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
O mercado livre de energia é um ambiente que permite que geradores e consumidores negociem diretamente a compra de eletricidade, sem a mediação de distribuidoras, permitindo liberdade na escolha do fornecedor, diferente do Ambiente de Contratação Regulada (ACR), onde o consumidor é atendido obrigatoriamente pela concessionária local de distribuição.
Conforme a pesquisa, os consumidores livres responderam por 42% de toda a eletricidade consumida no Brasil em abril de 2025, contra 36% em janeiro de 2024. Em alguns estados, o avanço foi mais acelerado. É caso do Rio Grande do Sul, onde os consumidores livres passaram a responder por 43% do consumo de eletricidade, contra 32%, na mesma base de comparação.
Em quatro estados, os consumidores livres já são responsáveis por mais da metade do consumo total de eletricidade. No Pará, 58% de toda a energia elétrica consumida mensalmente pelos consumidores locais foi proveniente do mercado livre. O estado é seguido por Minas Gerais (56%), Paraná (52%) e Maranhão (50%).
Para a Abraceel, a expectativa é que a participação do mercado livre de energia em relação ao total de eletricidade consumida no Brasil siga crescendo na medida em que mais consumidores ganhem autorização para migrar para o ambiente e escolher o fornecedor.
Em maio, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a MP 1.300 que, entre outros dispositivos, estende aos mais de 90 milhões de unidades consumidoras brasileiras o direito hoje restrito às unidades conectadas em média e alta tensão de escolher o fornecedor. Conforme o texto, a abertura ocorreria a partir de 1º de agosto de 2026 aos consumidores industriais e comerciais e a partir de 1º de dezembro de 2027 aos demais consumidores.
“Ao aprovar essa medida, o Congresso Nacional vai equiparar o Brasil a outros mercados mais desenvolvidos onde os consumidores podem escolher de quem comprar, ter acesso a diversos produtos e serviços relacionados à eletricidade que mais se adequem às necessidades de cada um”, declarou o presidente executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira.
UF | Janeiro 2024 | Abril 2025 |
RS | 32% | 43% |
PR | 42% | 52% |
MS | 27% | 35% |
SC | 35% | 43% |
MT | 24% | 32% |
RJ | 26% | 33% |
DF | 16% | 22% |
Brasil | 36% | 42% |
CE | 20% | 25% |
MA | 45% | 50% |
RN | 24% | 29% |
SP | 39% | 44% |
TO | 17% | 22% |
RO | 10% | 14% |
PE | 27% | 31% |
AL | 21% | 25% |
ES | 40% | 44% |
PA | 55% | 58% |
GO | 33% | 36% |
AP | 4% | 7% |
AM | 23% | 26% |
MG | 53% | 56% |
PI | 9% | 12% |
AC | 7% | 9% |
PB | 21% | 23% |
BA | 36% | 37% |
SE | 29% | 30% |
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental