Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
A Amazônia, uma das regiões mais propensas a tempestades e raios do mundo, apresenta desaos únicos para a operação da rede elétrica. As torres de transmissão, posicionadas acima da copa das árvores, estão diretamente expostas a condições climáticas extremas, como rajadas de vento e descargas atmosféricas. Para enfrentar esses desaos, a Energisa calcula ter investido R$ 5,4 bilhões em 2024 em infraestrutura de distribuição e transmissão na região. Os recursos visam fortalecer a rede elétrica e melhorar sua resiliência a fenômenos extremos.
As altas temperaturas e a umidade características da oresta criam condições ideais para a formação de tempestades, tornando essencial a implementação de tecnologias avançadas e estratégias de mitigação.
Segundo dados do NetClima, cerca de 15 milhões de raios são registrados anualmente nas áreas de concessão da Energisa na região, frequentemente causando interrupções no fornecimento de energia e gerando prejuízos para comunidades locais e empresas.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os eventos climáticos adversos foram responsáveis por mais de 30% das interrupções em linhas de transmissão no Brasil em 2024, e 45% em 2023 – o maior índice já registrado desde o início da série histórica em 2012. Dados do ELAT/INPE indicam que os danos ao setor chegam a R$ 500 milhões anuais e podem alcançar R$ 1 bilhão até 2030, impulsionados pela intensicação das tempestades devido às mudanças climáticas.
Além das interrupções no fornecimento de energia, as tempestades causam danos ambientais signicativos. Microexplosões e descargas atmosféricas resultam na derrubada de árvores, abertura de clareiras e redução dos estoques de carbono da oresta. Estima-se que 50 milhões de árvores sejam atingidas por raios todos os anos, agravando a degradação da Amazônia.
Vale destacar que o Grupo alcançou a meta de desligamento de 20 usinas termelétricas na Amazônia Legal através da construção de subestações e ligação de linhas de transmissão. O feito possibilitou a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 539 mil toneladas de CO2 por ano e a interrupção do consumo de 17 milhões de litros de óleo diesel por mês.
O Sindenergia é uma importante voz para as empresas do setor de energia em Mato Grosso, promovendo o diálogo entre as empresas, o governo e a sociedade, com o objetivo de contribuir para o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental