Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
As importações brasileiras de painéis solares chineses superaram a cota isenta de imposto para o primeiro semestre de 2024, mostra levantamento da consultoria Infolink Consulting. No acumulado de janeiro a maio, o país comprou 10,1 GW em módulos fotovoltaicos da China, o equivalente a US$ 1,2 bilhão, superando a cota de US$ 1,13 bilhão estabelecida pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O volume excedente será sujeito a uma tarifa de 9,6%. Com a cota reduzida para US$ 1,01 bilhão no período entre julho de 2024 e junho de 2025, as importações podem apresentar queda no restante do ano. A possibilidade de crescimento passa pelo lançamento de projetos de geração centralizada e o consumo dos estoques atuais de equipamentos de energia solar.
Em maio, o Brasil foi o terceiro maior importador de placas solares chinesas do mundo e o primeiro das Américas, respondendo por 73% do total do continente, com 1,9 GW em painéis solares, um avanço de 12% sobre abril.
A análise acredita que a redução de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros pode ter impulsionado a demanda do setor de geração centralizada. As Américas importaram 2,6 GW em módulos fotovoltaicos chineses em maio, um avanço de 8% sobre o mesmo mês do ano passado.
A China exportou 21,2 GW em módulos fotovoltaicos em maio, um crescimento de 12% sobre o mesmo período do ano passado. Os três maiores importadores de painéis solares chineses no mês foram Europa, Brasil e Arábia Saudita. O volume combinado desses mercados respondeu por aproximadamente 66% do mercado global.
A Europa importou 10,9 GW em painéis solares da China no mês, uma queda anual de 9%. Recentemente, os preços de energia caíram no continente, afetando a atratividade de instalações de energia solar. Maiores custos de financiamento para projetos de geração centralizada e mudanças políticas também levaram a uma redução da demanda, elevando os estoques na região.
O Oriente Médio importou 2,5 GW em placas solares da China em maio, um crescimento de 143% sobre o mesmo período de 2023. O mercado foi impulsionado pela Arábia Saudita, que respondeu por 51% das compras externas da região, com 1,3 GW em módulos chineses.
O programa de governo Saudi Vision 2030 apoia o desenvolvimento de usinas fotovoltaicas no país, incluindo a promoção de leilões de projetos solares para estimular a demanda. A perspectiva é que as importações sigam crescendo ao longo do ano.
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