Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Veto atinge dez distribuidoras

Veto atinge dez distribuidoras

Em: 14/05/2012 às 11:53h por Folha do Estado

Pelo menos dez distribuidoras de energia elétrica do país estão impossibilitadas de conceder reajustes aos consumidores neste ano por terem dívidas com o governo, informou ontem a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Rede Cemat, distribuidora em Mato Grosso, está entre elas. A agência autorizou em abril um aumento médio de 2,62% aos consumidores do Estado. Porém, devido à dívida da companhia o índice ainda não foi repassado aos clientes até o momento.

Os débitos da Cemat com a Aneel somam R$ 110,191 milhões referente ao período de novembro de 2011 a fevereiro de 2012. A maior dívida do grupo perfaz R$ 30,125 milhões relacionado à Itaipu. A concessionária mato-grossense atende hoje 1,1 milhão de unidades consumidoras tem faturamento anual de R$ 2,1 bilhões ao ano.

De acordo com a Aneel, entre as pendências, constam contas relativas ao desenvolvimento energético e ao consumo de combustíveis – não foi informado o valor total da dívida. Somente depois da quitação das pendências, o reajuste pode ser autorizado.

As últimas companhias a terem o reajuste barrado pela agência foram a Caiuá (de São Paulo), que teria direito a um aumento de 11,77%, em média; a Companhia Nacional de Energia Elétrica (também com atuação em São Paulo), com 3,35% de aumento, e a Bragantina (com clientes em Minas Gerais e São Paulo), com possibilidade de 6,74% de aumento. Todas elas pertencem ao grupo Rede Energia.

BARRADOS ANTES

Também da Rede Energia, já haviam sido barrados anteriormente os reajustes da Celpa (do Pará), da Cemat (de Mato Grosso), da Celtins (do Tocantins) e da Enersul (de Mato Grosso do Sul). Segundo a Aneel, outras duas empresas do país também serão impedidas de reajustar, a CEA (do Amapá) e a Celg (de Goiás), que devem ao governo desde 2005 e 2007, respectivamente.

As companhias que têm reajuste suspenso por inadimplência podem corrigir os valores do aumento após a quitação das dívidas, caso a direção da agência permita. As mudanças nos preços, no entanto, não podem retroagir, segundo a agência reguladora. (Com informações da Folhapress).