Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

NDCs são ferramentas para países avançarem nas metas renováveis, diz AIE

Em: 05/06/2024 às 10:39h por Canal Energia

Relatório mostra que há margem para alinhamento de NDCs com as atuais ambições nacionais

 

Relatório da Agência Internacional de Energia conclui que os países têm uma oportunidade significativa nos próximos meses para desenvolver planos claros para impulsionar as renováveis, ajudando a aproximar o mundo da meta da COP 28 de triplicar a capacidade global até 2030. O relatório conclui que embora a energia renovável esteja no centro das metas de energia e clima, poucos países estabeleceram metas claras em 2030 para capacidade instalada nas suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Os compromissos oficiais nos NDCs vão atualmente a 1.300 GW, apenas 12% do que é necessário para cumprir o objetivo global de triplicação estabelecido.

No entanto, uma nova análise país por país realizada pela AIE abrangendo quase 150 países conclui que as ambições internas dos governos vão muito mais longe, correspondendo a quase 8.000 GW de capacidade renovável global até 2030. Caso os países incluíssem todas as suas políticas, planos e estimativas existentes nos seus novos NDCs previstos para o próximo ano, refletiriam 70% do que é necessário até 2030 para atingir a meta de triplicação, que corresponde a 11.000 GW de capacidade renovável mundial.

sto indica uma ampla margem para os países alinharem os seus NDCs com as suas atuais ambições nacionais. Ao mesmo tempo, as nações precisam elevar as suas ambições para se alinharem com o objetivo de triplicar. Segundo o Diretor Executivo da AIE, Fatih Birol, o relatório deixa claro que a meta de triplicação é ambiciosa, mas alcançável. Para ele, ao cumprir os objetivos acordados na COP 28, os países de todo o mundo têm uma grande oportunidade para acelerar o progresso rumo a um sistema energético mais seguro, acessível e sustentável.

De acordo com o relatório, a quantidade de capacidade renovável adicionada em todo o mundo a cada ano triplicou desde que o Acordo de Paris foi assinado em 2015. Isto deve-se em grande parte ao apoio político, às economias de escala e ao progresso tecnológico, que reduziram o custo da energia solar fotovoltaica e a energia eólica em mais de 40% no mesmo período e tornou-os amplamente competitivos com os combustíveis fósseis.

As adições globais de capacidade renovável atingiram quase 560 GW em 2023, um aumento sem precedentes de 64% em relação ao ano anterior em relação a 2022, para o qual a China foi de longe o maior contribuinte.