Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Armazenamento em baterias pode ser solução para problemas de conexão

Em: 08/05/2024 às 08:44h por Canal Energia

Califórnia hoje tem a maior capacidade instalada de armazenamento de bateria nos EUA

 

A transição energética vem impulsionando o desenvolvimento de novas tecnologias mundo afora, trazendo perspectivas e aprendizados que podem ser aproveitados pela matriz elétrica brasileira e todo o setor fotovoltaico. E uma dessas tecnologias que vem ganhando destaque são as baterias, que na visão de Alécio Fernandes, da Carpe Vie Engenharia, são uma forma muito oportuna para resolver uma série de problemas.

“Nós temos hoje uma inequação e ela precisa se transformar numa equação. E eu acredito que se nós colocarmos as baterias junto as eólicas e as solares nós vamos criar a possibilidade de passar a participar do controle do sistema”, disse o executivo nesta terça-feira, 07 de maio, durante o Greener Summit, em São Paulo.

Alécio também citou como exemplo o que ocorre hoje na Califórnia, nos Estados Unidos, onde no final de tarde acontece a maior geração através de baterias, que, segundo o executivo, eles têm o sol e uma radiação solar num momento em que a carga está crescendo e no final do dia quando a solar deixa de gerar a bateria devolve a energia. Vale lembrar que um estudo da U.S. Energy Information Administration (EIA) apontou que a Califórnia tem a maior capacidade instalada de armazenamento de bateria nos Estados Unidos, com 7,3 GW, seguida pelo Texas com 3,2 GW.

O executivo também alertou para a questão financeira associada ao uso das baterias. “Não adianta a gente pensar, estruturar tudo se não nos preparamos financeiramente. Temos sim um grande desafio hoje, pois além disso temos gargalos na realidade e é importante nós analisarmos tudo o que acontece”, ressaltou. Alécio também afirmou que os serviços ancilares são uma forma muito interessante de resolver alguns problemas do sistema e são vistos como uma oportunidade. “No exterior, tudo isso já era precificado”, ressaltou.