Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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EPE: Demanda por energia sobe 1,7% em julho

Em: 04/09/2023 às 13:27h por Canal Energia

Classes residencial e comercial puxaram resultado com temperaturas mais elevadas e melhora da confiança do consumidor, enquanto indústria teve recuo de 0,7%, inclusive entre as mais eletrointensivas


O consumo de energia elétrica atingiu 41.942 GWh em julho, alta de 1,7% em comparação com mesmo mês do ano passado, sendo o oitavo mês consecutivo de crescimento segundo o último levantamento mensal da Empresa de Pesquisa Energética. Novamente a classe residencial puxou o crescimento, com 4,7%, seguida pela classe comercial (1,9%), enquanto a indústria retraiu 0,7%. No acumulado em 12 meses, a demanda nacional chegou a 516.796 GWh, subindo 2% em relação ao período imediatamente anterior.


Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre registrou crescimento de 2,5% no consumo do mês, enquanto o cativo das distribuidoras ampliou em 1,2% suas demandas. De acordo com a EPE, temperaturas mais elevadas e a melhora da confiança do consumidor podem ter impulsionado o resultado. No caso do recuo no segmento industrial, a região Sul, Sudeste e o Centro-Oeste puxaram o índice negativamente, com 2,4%, 1,9% e 1,4%, enquanto o Nordeste (5,9%) e o Norte (1%) consumiram mais.


No mês, 21 dos 37 setores industriais monitorados retraíram seus consumos, comportamento também foi observado entre os dez ramos mais eletrointensivos, onde apenas três desses expandiram o consumo: metalurgia (2,2%), impulsionada pela cadeia do alumínio primário no Maranhão; fabricação de produtos alimentícios (3,1%), com contribuição da elevação nas exportações de açúcares e melaços; e extração de minerais metálicos (5%), puxada pela aceleração na produção de minério de ferro e de cobre na maior mineradora do país.


Por outro lado, as maiores reduções foram observadas na fabricação de produtos químicos, com 10,8%, principalmente devido a interrupção temporária na produção em duas grandes unidades consumidoras em Alagoas e na Bahia; fabricação de produtos de minerais não-metálicos perfazendo 4,2% e de produtos têxteis, onde o consumo caiu 5,8% refletindo a produção e o mercado consumidor de seus produtos.