Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Leilão pode ter a data adiada

Leilão pode ter a data adiada

Em: 08/05/2012 às 11:20h por Folha do Estado

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A Usina São Manoel, no rio Teles Pires, norte do Estado, pode não conseguir a licença ambiental prévia necessária para sua participação no leilão de energia nova A-5, marcado para 16 de agosto. Caso isso aconteça, o certame pode ser adiado. Segundo o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, o prazo para a usina, que será localizada na divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará, está curto. Na opinião do professor especialista em energia, Eraldo Pereira, o adiamento pode trazer além de atraso nas obras previstas para 2017, gastos além dos previstos.

As usinas Cachoeira Caldeirão (134 MW) e Sinop (400 MW), que também estão previstas para entrar no leilão, ainda não possuem a licença, porem, segundo a EPE, a situação dos empreendimentos é mais fácil.

O leilão A-5 estava programado para ocorrer no mês de abril, todavia em decorrência da falta de licenças ambientais das usinas foi prorrogado para o mês de agosto. Segundo a EPE, os aproveitamentos hidrelétricos da UH São Manoel são de 700 megawatts. A usina é uma das mais importantes do leilão e, por enquanto, ainda não pode ser incluída na rodada diante das dificuldades no licenciamento e a demora na realização de audiência públicas desse processo.

De acordo com o Eraldo Pereira, a concepção do leilão A-5 é que o empreendedor tenha cinco anos para implantar os projetos arrematados. Só que na prática isso não tem ocorrido, porque os leilões estão sendo adiados em função de conflitos.

IMPORTÂNCIA
A Usina São Manoel faz parte do Complexo de Teles Pires, no norte do Estado. Os cinco empreendimentos energéticos que compõem o conjunto de hidrelétricas têm estimativa de investimento de R$ 20 bilhões no total. Segundo Pereira, o leilão A-5 é um dos mais importantes do país, pois reúne as usinas de maior porte e menor custo. "O benefício vai além, trazendo qualidade para operação do sistema e maior confiabilidade para o consumidor". Ainda de acordo com ele, a situação interessa a todos os usuários de energia elétrica, tanto residencial, industrial ou em qualquer outra categoria.

Segundo o presidente da EPE, "o prazo para a São Manoel realmente está apertado, e eu espero que muito provavelmente (o leilão) fique para mais adiante, ainda neste ano. Mas mais para o final do ano", disse Maurício Tolmasquim. Todavia, ele não descarta a possibilidade de o leilão acontecer no dia previsto (16 de agosto). "Nós ainda não desistimos, não é impossível, mas o prazo está extremamente curto", reforçou. "Eventualmente, se você faz algum (leilão) agora e atende toda a demanda, de repente, não tem demanda para fazer depois (só com a São Manoel)", completou.