Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Proposta de redes elétricas

Em: 28/04/2012 às 15:18h por Da Assessoria/ Jornal A Gazeta

Acolher um sistema de redes elétricas inteligentes - ou smart grids - além de proporcionar maior transparência nas relações de consumo, redução de custo das tarifas, e acompanhamento diário dos gastos por parte de usuários, representa ao país a oportunidade de atuar no desenvolvimento de projetos integrados de fontes alternativas de energia, como a eólica, solar, biomassa ou nuclear.

Para estabelecer diretrizes à implantação de redes inteligentes no sistema de distribuição brasileiro de energia elétrica gerido por concessionárias e permissionárias de serviço público foi apresentado um projeto de lei do Senado (PLS 84/2012), que pretende "incluir o Brasil no rol de países vanguardistas no tema, como os da Europa, Estados Unidos e Ásia", ressalta o autor da proposta, senador Blairo Maggi (PR/MT).

Na prática, a implantação de uma rede inteligente de geração de energia representa maior interação entre o consumidor e a prestadora, que deverá estar apta a arraigar tecnologia capaz de informar em tempo real a ocorrência de panes e eventuais cortes. "Não será preciso mais ligar na operadora para avisar a falta de energia em sua residência, por exemplo, pois, a nova tecnologia detecta automaticamente. É uma contrapartida efetiva aos valores pagos", ilustrou Blairo.

Pela relevância da propositura, que tem impacto imediato inclusive no setor produtivo e industrial,a ANEEL editou resolução (482/2012) estabelecendo condições gerais de compensação de energia elétrica e de acesso a microgeração e minigeração aos sistemas de distribuição. A nova norma abre espaço para que o consumidor instale um gerador de energia elétrica de pequeno porte, que inclui a microgeração, com até 100 KW de potência, e a de minigeração, que vai de 100 KW a 1 MW. Também passa a valer o Sistema de Compensação de energia, que possibilita ao consumidor instalar pequenos geradores em sua residência. Esses geradores, inclusive, podem ser a base de fontes diversificadas de energia (hídrica, solar, biomassa, eólica). O que for gerado e não por consumido, servirá como crédito.

A tecnologia também permite implantação de medidores automáticos, para o caso de tarifas diferenciadasde acordo com o horário. O usuário terá a possibilidade de auferir os custos acumulados ao longo dos dias, até que se encerre o mês. A resolução da ANEEL tem caráter normativo,o que vincula as concessionárias e permissionárias de serviço público a adequarem-se, a partir de abril, aos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (PRODIST) que, entre outros quesitos, possibilita ao consumidor adesão imediata ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica.

De acordo com informações do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI), o sistema de smart grids é fundamental também na redução do desperdício de energia; a cada 100 quilowatts produzidos no Brasil, 15 se perdem.