Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Mato Grosso ofertará 32% do volume total

Mato Grosso ofertará 32% do volume total

Em: 23/04/2012 às 11:14h por A Gazeta

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Mato Grosso deve ofertar 32% da energia elétrica gerada por matriz hidráulica nos próximos leilões, programados para o 2º semestre deste ano. Serão disponibilizados 1,506 mil megawatts (MW) por meio de 16 projetos hidrelétricos cadastrados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), de um total de 4,693 mil MW inscritos por 69 projetos de todo país. Leilões para contratação de novos empreendimentos de geração de energia elétrica objetiva complementar o mercado consumidor em 2015 e 2017.

Primeiro leilão (A-3) será realizado no dia 28 de junho e o segundo (A-5) em 16 de agosto. No leilão A-5 estão incluídos inclusive os projetos das usinas do complexo Teles Pires (Colíder, Sinop, Magessi e São Manoel), próximas à divisa com o estado do Pará. Nesta sexta-feira (20) foi finalizado o processo de cadastramento dos projetos para os leilões. A partir de agora inicia a análise dos documentos apresentados, incluindo licenciamento ambiental, parecer de acesso ao sistema de transmissão e declaração de disponibilidade para recursos hídricos.

Presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim declara que neste ano a participação das usinas nos leilões de energia foi recorde. Mesmo sem habilitação de todos os projetos por falta de licença ambiental prévia e outros requisitos necessário, o número de empreendimentos inscritos irá garantir forte competição e propiciar a redução do preço final da energia para o consumidor. Incluindo os empreendimentos geradores por fontes eólicas e a gás natural ou biomassa, o número de projetos cadastrados alcança 1,248 mil (MW) e uma oferta de 52,156 megawatts (MW) de energia em todo país.

Energia disponibilizada pelos leilões da EPE não alteram o quadro da demanda da economia no Estado ou da população, por causa do excedente já existente, explica o especialista em energia Manuel Marta, mas será disponibilizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Para isso, serão necessárias implantações de linhas de transmissão (LTs) próximas às usinas geradoras. "O negócio da energia em Mato Grosso, com a privatização, pode ser entendido como uma oportunidade de investimento, apoiado por linhas de crédito subsidiadas e com mercado garantido pelo governo".

Mas, nos últimos 2 anos, não houve procura por crédito disponibilizado em linhas específicas do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) pelo Banco da Amazônia para esses empreendimentos, segundo o coordenador de análise e acompanhamento de crédito, Manoel Piedade. Para o economista e consultor de projetos de investimentos, Pedro Razente, há 3 anos os investimentos no setor hidrelétrico eram vantajosos,porque remuneravam melhor. "Agora o governo está priorizando os empreendimentos eólicos". Para Razente, o valor de comercialização do quilowatt/hora não compensa os investimentos, apesar das concessões serem feitas por um prazo médio de 30 anos.

Licenciamento - No ano passado, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) cadastrou 111 projetos de licenciamento ambiental para o setor hidrelétrico no Estado, segundo o secretário Vicente Falcão.