No ano passado, o consumidor ficou 73,29 horas, em média, sem o fornecimento de energia elétrica e enfrentou 39,1 cortes. O resultado deixou a Amazonas Energia no penúltimo lugar no ranking de Duração Equivalente de Interrupção por unidade Consumidora ( DEC) e no último da Frequência Equivalente de Interrupção por unidade Consumidora (FEC), entre as 35 grandes distribuidoras do País, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Mesmo com o resultado, a concessionária ficou em 15º lugar entre as 35 distribuidoras de energia de grande porte, no ranking continuidade do serviço de 2013. A companhia melhorou oito posições em relação a 2012, quando obteve a 23ª colocação, ao lado da Energisa Sergipe.
A avaliação da agência reguladora é elaborada com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), que tem como parâmetro, outros dois indicadores, o DEC, que avalia quantas horas, em média, o consumidor ficou sem energia elétrica no período avaliado, e a FEC, que indica quantas vezes, em média, houve interrupção do serviço.
O desempenho da Amazonas Energia evoluiu com o comparativo do baixo resultado de 2012. Naquele ano, Manaus e parte da Região Metropolitana passou por cinco blecautes e levou a empresa a cair nove posições no ranking nacional, em relação a 2011.
De acordo com a Aneel, o ranking é um instrumento que incentiva as concessionárias a buscarem a melhoria contínua da qualidade do serviço. Mesmo para as distribuidoras que estão abaixo dos limites regulatórios, existe incentivo para que elas continuem buscando as melhores posições.
Desde 2013, o ranking está sendo utilizado para definição do Fator X e é aplicado em cada reajuste tarifário. O indicador tem por objetivo principal garantir que o equilíbrio entre receitas e despesas eficientes se mantenha ao longo do ciclo tarifário e é estabelecido no momento da revisão tarifária.
O ranking da qualidade leva em consideração a peculiaridade do parque energético do Amazonas, formado por sistemas isolados nos municípios do interior, à exceção de Manaus, que este ano foi incorporado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A ligação foi resultado da conclusão das obras da linha de transmissão entre a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, até a capital.
Segundo a Aneel, para essas distribuidoras, há critério diferenciado de definição de limites dos indicadores DEC e FEC, face às particularidades relacionadas ao difícil acesso e à dispersão dos consumidores.
No mercado maior, as melhores colocadas foram a Companhia Energética do Ceará (Coelce), seguida da Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz, SP) e da Companhia Energética do Maranhão (Cemar).
A distribuidora que mais evoluiu foi a Bandeirante Energia (SP), com um avanço de nove posições em comparação com o ano de 2012. As três piores foram a Companhia Energética de Goiás (Celg-D), em 35º lugar, a Light Serviços de Eletricidade (RJ), em 34º, e a Companhia Energética do Pará (Celpa), em 33º. A distribuidora que mais regrediu foi a Caiuá Distribuição de Energia (Caiuá-D, SP) com recuo de 12 posições em comparação a 2012.
Com 35 empresas, o mercado de grande porte tem faturamento anual de energia maior que 1 TWh (terawatt hora).