null
Crédito: null
Em maio de 2009, o Programa Luz para Todos, do Governo Federal, atingiu a meta de levar energia elétrica gratuitamente a 2 milhões de famílias em todo o Brasil. De lá para cá, o Programa, criado em 2003 pelo presidente Lula, continuou a beneficiar outras milhares de famílias do meio rural. Hoje, o total de brasileiros que já saíram da escuridão, graças ao programa, já chega a mais de 11,1 milhões de brasileiros. Agora esses beneficiados podem ter geladeira, televisão, bomba d’água, além de utilizar a energia para gerar renda, contribuindo para a redução da pobreza e da fome.
“Eu pensei em sair da minha terra, na Praia do Sono, por não poder dar a menor condição de conforto para a minha família. Agora não! A energia chegou e eu posso ter tudo que o morador da cidade tem”, palavras de Rosenildo Albino, pescador, casado, pai de duas filhas e um dos moradores de Paraty (RJ). “Antes era tudo muito difícil e caro. Vela é uma despesa cara, diesel muito mais e o pior é que conservar o peixe era praticamente impossível. Agora a vida melhorou e muito”, diz Albino.
De Norte a Sul as histórias são parecidas. Basta conversar um pouquinho com os beneficiados para eles contarem como a vida melhorou. O construtor de barcos, Cláudio Manoel Bastos, de Igarapé-Miri, no estado do Pará, diminuiu o tempo de trabalho para produzir embarcações. As ferramentas agora são elétricas. Já a mineira Suelen Chagas, de Coqueiral, saiu da lavoura de café e hoje costura e ganha mais. O criador de bicho da seda, Ildo Teixeira da Silva, de Ponta Porã – MS, está vendo a produção crescer sem os ataques dos morcegos, já que a luz fica acesa a noite toda.
Benefícios no campo e na cidade – Mas não foi só no meio rural que as obras do Luz para Todos levaram progresso. Estima-se que elas geraram cerca de 335 mil empregos diretos e indiretos, utilizaram 824 mil transformadores, 1,1 milhão de km de cabos elétricos, o equivalente a mais de 26 voltas ao redor da Terra, e 5,6 milhões de postes. Beneficiou tanto o homem do campo, quanto as empresas e trabalhadores das grandes cidades.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) no início de 2009, 79,3% das famílias entrevistadas passaram a ter televisão e 73,3% adquiriram geladeira, o que equivale dizer que no universo de 2,2 milhões de famílias atendidas foram comercializados 1,7 milhão de televisores e 1,6 milhão de geladeiras. Sem falar nas que compraram liquidificadores, ventiladores, bomba d’ água etc.
Outra constatação que impressionou foi a quantidade de pessoas que passaram a morar no campo depois que a eletricidade chegou. São 4,8% das famílias atendidas pelo Programa, ou cerca de 540 mil pessoas desinchando os grandes centros.
Comunidades Isoladas – Com o Programa avançando cada vez mais pelo Brasil, o foco agora está sendo o atendimento às comunidades isoladas da Amazônia e as ilhas fluviais e marítimas onde moravam pessoas que nem sonhavam com a chegada da energia, em função das dificuldades de distância e de custo. Hoje, no estado do Maranhão, na Ilha de Lençóis, município de Cururupu, os 500 moradores não precisam mais das velas nem o velho motor a diesel como companhia noturna. Estão com energia 24h por dia, o ano inteiro. Graças ao sol e ao vento abundante que colocam para funcionar as placas de captação da luz do sol e as hélices dos geradores eólicos. O projeto, que faz parte de um convênio firmado entre o MME e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), está sendo utilizado como modelo e poderá ser replicado em outras ilhas do Brasil.
Hoje, 6 anos após a criação do Programa Luz para Todos, a energia elétrica está servindo não só como geradora de renda, de mais conforto, de melhorias na saúde e na educação, mas também como meio de resgate da dignidade, do direito que os moradores do meio rural reivindicavam e não viam como realidade para as suas vidas. “Hoje eu tenho luz elétrica em casa. Sou gente! Sinto-me igual a qualquer pessoa da cidade!”, declara a baiana Maria Ferreira de Santana, agricultora de Jeremoabo.
Confira os números do Luz para Todos por região:
Nordeste – 5,5 milhões
Norte – 2 milhões
Sudeste – 1,9 milhão
Sul – 898 mil
Centro-oeste – 777 mil
Assessoria de comunicação
Ministério de Minas e Energia
(61) 3319 5620/5588