Nova etiqueta mede eficiência de edifícios

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O Ministério de Minas e Energia, a Eletrobrás e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) lançaram na última quinta-feira (2), em São Paulo, a Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações para edifícios comerciais, de serviços e públicos. A ideia pertence ao Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). Desenvolvida em pareceria pela Eletrobrás e pelo Inmetro, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel), a etiqueta consiste em uma avaliação do desempenho em consumo de energia em três níveis de eficiência nas construções civis.

A aplicação da certificação tem como objetivo reduzir os níveis de consumo energético, além de promover economia no bolso dos consumidores. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a nova etiqueta é “mais um passo para conscientizar o povo brasileiro da importância de usar a energia elétrica com racionalidade e eficiência”. Lobão esclareceu que a eficiência energética é uma das prioridades de sua gestão à frente do MME, e que a nova iniciativa reflete a “posição de vanguarda do Brasil no que diz respeito às questões de economia de energia”.

Para receber a etiqueta, os edifícios são avaliados nos seguintes aspectos: envoltória, sistema de iluminação e sistema de condicionamento de ar. A intenção é diminuir o recebimento de calor pela envoltória do prédio, além de aproveitar melhor a iluminação e a ventilação natural. Na prática, a ideia resultar em menor consumo energético e incentiva a utilização de formas alternativas de energia, como a energia solar, além do uso racional da água.

Níveis de economia
Assim como os eletrodomésticos que fazem parte do PBE, os projetos de arquitetura serão analisados e receberão etiquetas com graduações de acordo com o consumo de energia. Inicialmente a “etiquetagem” será implantada de forma voluntária, mas passará a ser obrigatória. Os prédios serão classificados de ‘A’ a ‘E’, sendo ‘A’ o mais eficiente. Inicialmente, já existe a regulamentação para os edifícios comerciais de metragem superior a 500 m².

A economia de energia elétrica por meio da arquitetura bioclimática pode alcançar percentuais de 30% no caso de edificações já existentes, mas adaptados; e 50% em prédios novos, porém que aderissem ao projeto desde seu início. Por exemplo, os lucros da agência bancária da Caixa em Jardim das Américas (Curitiba/PR), já puderam ser comparados com os de outras agências do banco no país e a redução do consumo foi de 24% em energia e de 65% em água, desde a inauguração, há seis meses.

Os edifícios dos setores residenciais, comerciais, e públicos são responsáveis por aproximadamente 45% do consumo de energia elétrica no Brasil. Este resultado se dá em formas de iluminação artificial e climatização de ambientes. A metodologia aplicada para a certificação foi desenvolvida por intermédio de um convênio entre a Eletrobrás, por meio do Procel Edifica, e o Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE), da Universidade Federal de Santa Catarina, com a participação de uma comissão formada por representantes do Inmetro, do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), da Caixa Econômica Federal, de universidades e de associações de fabricantes de materiais de construção.

Após aprovação, por parte do Comitê de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), do Ministério de Minas e Energia, a metodologia recebeu sugestões representantes de diversos setores da construção civil e pela sociedade em geral.

Assessoria de Comunicação
Ministério de Minas e Energia
(61) 3319-5620/558

Com informações da Eletrobrás