Com o cenário de baixa hidrologia e o consequente aumento dos preços da energia no mercado spot, a Raízen Energia poderá ser beneficiada com um crescimento do volume de cogeração potencial de cerca de 15%. A estimativa, não considera o aumento de produção que a companhia já vinha presenciando, por investimentos que ainda não estavam maduros.
“Devemos ter um aumento de produção, porque, de alguma forma traz incentivos para buscar outras possibilidades, como a compra de bagaço de cana-de-açúcar de usinas que não tenham cogeração instalada. Para que faça outras coisas que de alguma forma você não faria, ou não teria viabilidade econômica a um preço baixo de PLD”, explicou Marcos Lutz, diretor-presidente da Cosan, controladora da Raízen.
A companhia tem 85% da produção já vendida no longo prazo, sendo o restante uma operação de margem de segurança para a variação da produção da cana-de-açúcar. No entanto, em um ano como 2014, em que o preço opera em um limite alto, a empresa consegue buscar novas possibilidades de viabilização de produção, em uma capacidade instalada muito maior do que a de venda.
“Como a minha capacidade é instalada para vender tudo o que produzo na minha safra, eu posso queimar outros combustíveis de biomassa, como os cavacos de madeira e coisas do gênero. Nessa hora, a área de produção da Raízen procura outras possibilidades de queima para conseguir geração adicional e vender para o spot”, declarou Lutz.
Raízen Energia
A empresa possui 24 usinas autossuficientes de cogeração de energia, sendo que 13 unidades vendem a energia excedente. No quarto trimestre de 2013 a receita líquida pela venda de energia totalizou R$126,1 milhões, redução de 60,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Durante o trimestre, o volume total de energia vendida foi de 642,8 mil MWh com preço médio de R$ 196/MWh, que sofreu uma redução de 7,1% frente ao preço médio praticado no 4T 2012, que foi de R$ 211/MWh.