Todo o consumo de energia do edifício-sede da Eletrosul, em Florianópolis (SC), com média mensal de 360 MWh, está sendo atendido por geração própria de fonte incentivada. A empresa migrou da categoria de consumidor cativo para especial. Estudos realizados pela Assessoria de Comercialização de Energia (ACE) apontaram uma série de vantagens sob os aspectos financeiro e de sustentabilidade empresarial.
Desde janeiro, a energia que abastece a sede da estatal é proveniente da pequena central hidrelétrica João Borges, localizada no interior de Santa Catarina. No entanto, a empresa tem a flexibilidade de vir a alocar geração de outros empreendimentos próprios como da PCH Barra do Rio Chapéu e da usina Megawatt Solar. A planta fotovoltaica de 1 MWp, integrada ao edifício da empresa, entrará em operação neste semestre.
A redução nos gastos com energia também foi um dos aspectos considerados na análise interna que levou à migração ao mercado livre. Ao usar energia própria e de fonte incentivada, a Eletrosul obtém descontos de, no mínimo, 50% na tarifa de uso do sistema elétrico de distribuição. “A oportunidade de desenvolver know-how na área, vislumbrando a possibilidade de negócios futuros no mercado livre também influenciou na mudança”, declarou gerente da ACE, Alceu Vieira Neto.
Segundo ele, a adesão à nova categoria de consumo demandou seis meses de trabalho. Além da gestão junto à distribuidora local para encerramento do contrato, foram necessárias adequações no sistema de medição de faturamento da empresa. Uma das exigências para o enquadramento é a instalação de equipamento especial para medição do consumo, que é conectado diretamente ao sistema da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).