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Em reunião presidida pelo Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na tarde desta quarta-feira, 08 de outubro de 2014, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliou que o risco de qualquer déficit de energia em 2015, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste é da ordem de 4,7% e 0,8%, respectivamente. Os percentuais continuam dentro do critério de planejamento estabelecido pelo Conselho Nacional de Planejamento Energético (CNPE).
Para 2014, o risco de qualquer déficit de energia continua igual a zero para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. “As condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional mantiveram-se estáveis, como previsto, em relação ao mês anterior”, diz nota.
O Sistema Interligado Nacional – SIN dispõe das condições para o abastecimento do País, embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado uma situação climática desfavorável no período úmido desse ano. Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, há sobra estrutural de cerca de 6.600 MW médios para atender a carga prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses e a nova projeção de demanda. Em 2014, já entraram em operação 5.266 MW, 87,8% do total de 6.000 MW previstos.
No mês de setembro, choveu acima do normal na maior parte da região Sul (bacias hidrográficas dos rios Jacuí e Iguaçu), no entorno da média nas bacias hidrográficas dos rios Uruguai, Paranapanema e Paraná, e abaixo do normal nas demais bacias hidrográficas do SIN. Nessas condições, as afluências verificadas em setembro foram 83%, 53%, 111% e 80% da média histórica nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente. O fenômeno El Niño, de intensidade moderada a fraca, continuará se desenvolvendo nos próximos meses, implicando na permanência da precipitação na região Sul com valores normais ou superiores à média histórica.
Considerando a configuração do sistema do Programa Mensal de Operação – PMO, de outubro de 2014, e simulando-se o desempenho do sistema utilizando as 81 séries observadas no histórico[i] obtêm-se valores para o risco de qualquer déficit de energia igual a zero para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste[ii].
Outras avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado das previsões de afluências e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, confirmam a garantia do suprimento no ano de 2014, uma vez que se dispõe atualmente de um parque de geração termelétrico significativo, que vem sendo utilizado como complementação à geração hidrelétrica.
Mesmo com o sistema em equilíbrio estrutural, ações conjunturais específicas podem ser necessárias, em função da distribuição espacial dos volumes armazenados, cabendo ao Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada, em 2014, para preservação dos estoques nos principais reservatórios de cabeceira do SIN. Esses fatos conjugados levaram a uma menor redução do nível de armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste e, também, ratificam a garantia do atendimento energético em 2014, evidenciando as vantagens do Sistema Interligado Nacional, capturando os benefícios da diversidade hidrológica entre as regiões.
Análises prospectivas de desempenho do sistema, para o período 2015 a 2018, conforme o Plano da Operação Energética 2014/2018 – PEN 2014, utilizando todos os recursos disponíveis em 2014 e as 2.000 séries sintéticas de afluências, apontam valores para o risco de qualquer déficit de energia em 2015, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste da ordem de 4,7% e 0,8%, respectivamente, os quais atendem ao critério de planejamento estabelecido pelo CNPE.
Com base nas análises efetuadas, observa-se que as condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional mantiveram-se estáveis, como previsto, em relação ao mês anterior.
O CMSE, na sua competência legal, monitora as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País.