Condições de abastecimento elétrico melhoram em todo o país, garante o CMSE

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Reunido na manhã desta quarta-feira, 11 de junho, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), sob a presidência do Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reafirmou que o sistema elétrico nacional “apresenta-se estruturalmente equilibrado, com sobras, em termos de balanço energético”  e que dispõe das “condições para abastecimento do país.”

Em nota divulgada ao final da reunião, o órgão destaca que, “considerando o risco de déficit de 5%, há  sobra estrutural de cerca de 5.500 MW médios para atender a carga prevista. Com base em análises, observa-se, segundo o CMSE, “que houve melhoria nas condições de suprimento de energia do Sistema Interligado Nacional”.

A  nota do CMSE

É a seguinte a Nota Informativa divulgada pelo CMSE:


 

Nota Informativa de 11 de junho de 2014

 
O sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, com sobras, em termos de balanço energético, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada este ano com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações em fase de conclusão, considerando-se tanto o critério probabilístico (riscos anuais de déficit), como as análises com as séries históricas de vazões, para o atendimento da carga prevista para 2014, da ordem de 67.000 MW médios de energia.

Embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado uma situação climática desfavorável no período úmido recém-encerrado, o Sistema Interligado Nacional – SIN, dispõe das condições para o abastecimento do País. Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, há sobra estrutural de cerca de 5.500 MW médios para atender a carga prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses[i].

Em termos de clima, no mês de maio foram observadas precipitações acima da média nas bacias dos rios Uruguai e Jacuí, na média nas bacias dos rios Iguaçú e Paranapanema, e abaixo da média nas demais bacias do SIN. Nessas condições, as afluências verificadas em maio foram 76%, 41%, 135% e 101% da média histórica nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente. No mês de junho já se identifica na região Sul, de forma aderente ao histórico, o início da estação chuvosa, com frequentes frentes frias e consequente aumento do volume de chuvas.

Considerando a configuração do sistema (parque gerador, rede de transmissão e carga) do Programa Mensal de Operação – PMO, de junho de 2014, e simulando-se o desempenho do sistema utilizando as 81 séries observadas no histórico[ii] obtêm-se valores para o risco de qualquer déficit de energia de 2,5% para a região Sudeste/Centro-Oeste  e de 0% para a região Nordeste[iii]

Outras avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado das previsões de afluências e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, confirmam a garantia do suprimento no ano de 2014, uma vez que se dispõe atualmente de um parque de geração termelétrico significativo, que vem sendo utilizado sempre que necessário, como complementação à geração hidrelétrica. 

Na região Sul, as intensas chuvas observadas mais recentemente conduziram os reservatórios das bacias dos rios Uruguai, Iguaçú e Jacuí, bem como da Usina de Itaipu, praticamente a seus armazenamentos máximos. Esse fato, conjugado com o despacho de geração térmica e as medidas de flexibilização das restrições hidráulicas[iv], para preservar os estoques existentes nos reservatórios de cabeceira nas principais bacias hidrográficas do País, também ratificam a garantia do atendimento energético em 2014.

Análises prospectivas de desempenho do sistema, para o período 2015 a 2018, utilizando todos os recursos disponíveis nos anos de 2014 e 2015, e utilizando 2.000 séries sintéticas de afluências, apontam valores para o risco de qualquer déficit de energia nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste de 4,0% e 0,4%, respectivamente, os quais atendem ao critério de planejamento. 

Com base nas análises efetuadas, observa-se que houve melhoria nas condições de suprimento de energia do Sistema Elétrico Nacional.

O CMSE, na sua competência legal, de forma rotineira continuará monitorando as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País. 

 

Ministério de Minas e Energia – MME
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE
Empresa de Pesquisa Energética – EPE
Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL (convidado)
 
 


[i] Em 2014 já entraram em operação 3.293 MW do total de 6.000 MW previstos.
 

[ii] Conforme recomendado no documento “Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação – PMO de Março – Semana Operativa de 01/03/2014 a 07/03/2014, de 28/02/2014” e também utilizado como critério na elaboração do Planejamento Anual da Operação Energética – PEN.
 

[iii] Simulando-se o desempenho do sistema por meio de 2.000 séries sintéticas de afluências, os valores para o risco de qualquer déficit de energia passam para 4,8% e 1,3%, para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.
 

[iv] As medidas de flexibilização das restrições hidráulicas vem sendo implementadas, em articulação entre o MME e o MMA, através do IBAMA e da ANA.