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O governo brasileiro, por intermédio do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), recebeu autorização da Autoridade Internacional de Fundos Marinhos (Isba), entidade vinculada a ONU, para pesquisar e explorar recursos minerais em uma área no Atlântico Sul, chamada Elevação do Rio Grande, localizada em águas internacionais. O Brasil terá 15 anos para pesquisar 150 blocos, cada com 20 quilômetros quadrados. Os blocos formam oito grupos, totalizando 3 mil quilômetros quadrados.
O Plano de Trabalho apresentado pela CPRM à Isba é para exploração de crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto. Ele foi elaborado no âmbito do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA). A escolha das crostas deveu-se a levantamentos preliminares realizados após diversas expedições que indicaram serem esses os depósitos de maior potencial.
O trabalho da CPRM permitirá ao Brasil aumentar seu conhecimento estratégico sobre recursos existentes em região próxima à plataforma continental brasileira por meio da coleta de dados ambientais, do estudo do potencial econômico desses recursos minerais, bem como do desenvolvimento de estudos oceanográficos e ambientais. Ampliando assim, a presença brasileira no Atlântico Sul.
A proposta de pesquisa é fortemente sustentada em parâmetros técnicos e ambientais, revelando a preocupação do país com o desenvolvimento sustentável. Inclui, ainda, o compromisso em oferecer oportunidades de treinamento em benefício de outros países em desenvolvimento, sobretudo, os membros da Zona de Paz e de Cooperação do Atlântico Sul.
Segundo o diretor presidente da CPRM, Manoel Barretto, a autorização da Isba é o resultado de mais de quatro anos de estudos e atividades da CPRM, que contou com a participação de mais de 60 e pesquisadores brasileiros de diferentes instituições, estudantes universitários, que reuniu diversas áreas de conhecimento, como geologia, biologia, geofísica e oceonografia.
Nos últimos quatro anos foram investidos cerca de R$ 90 milhões em pesquisas no Atlântico Sul. Para este ano estão previstos mais R$ 20 milhões; com a aprovação do pedido brasileiro pela Isba, a CPRM vai investir em pesquisas na Elevação do Rio Grande, mais R$11 milhões nos próximos cinco anos.
Fonte: CPRM