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Reunido na tarde desta quinta-feira, 10 de julho de 2014, sob a coordenação do Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) concluiu que houve melhoria nas condições de suprimento de energia do sistema elétrico nacional.
Em nota divulgada ao final da reunião, o órgão informa que, considerando o risco de déficit de 5%, há sobra estrutural de 5.500 MW médios para atender a carga prevista. As condições de abastecimento do país estão asseguradas.
A nota do CMSE:
Nota Informativa de 10 de julho de 2014
O sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que continua sendo ampliada este ano com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações em fase de conclusão, considerando-se tanto o critério probabilístico (riscos anuais de déficit), como as análises com as séries históricas de vazões, para o atendimento da carga prevista para 2014, da ordem de 67.000 MW médios de energia.
Embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste tenham enfrentado uma situação climática desfavorável no período úmido deste ano, o Sistema Interligado Nacional – SIN, dispõe das condições para o abastecimento do País. Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, há sobra estrutural de cerca de 5.500 MW médios para atender a carga prevista, valor esse atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses[i].
Em termos de clima, no mês de junho foram observadas precipitações bem acima das médias nas bacias dos rios Iguaçu, Uruguai e Jacuí, acima das médias nas bacias dos rios Paranapanema e Paraná, e abaixo das médias nas demais bacias do SIN. Nessas condições, as afluências verificadas em junho foram 102%, 42%, 423% e 89% das médias históricas nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente. O aumento de temperatura do Oceano Pacífico e os ventos nos baixos e altos níveis da atmosfera, observados nesse período, indicam o estabelecimento do fenômeno El Niño, de intensidade moderada, implicando na continuidade das precipitações da região Sul com valores normais ou superiores à média histórica.
Considerando a configuração do sistema do Programa Mensal de Operação – PMO, de julho de 2014, e simulando-se o desempenho do sistema utilizando as 81 séries observadas no histórico[ii] obtêm-se valores para o risco de qualquer déficit de energia igual a zero para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste[iii].
Outras avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado das previsões de afluências e anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, confirmam a garantia do suprimento no ano de 2014, uma vez que se dispõe atualmente de um parque de geração termelétrico significativo, que vem sendo utilizado sempre que necessário, como complementação à geração hídrica.
Na região Sul, as intensas chuvas observadas recentemente conduziram os reservatórios das bacias dos rios Uruguai, Iguaçu e Jacuí, bem como da Usina de Itaipu, praticamente a seus armazenamentos máximos. O despacho de geração térmica e as medidas de flexibilização das restrições hidráulicas[iv] permitiram preservar os estoques existentes nos reservatórios de cabeceira nas principais bacias hidrográficas do País. Esses fatos conjugados levaram a uma menor redução do nível de armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste, e também ratificam a garantia do atendimento energético em 2014, evidenciando ainda as vantagens do Sistema Interligado Nacional, capturando os benefícios da diversidade hidrológica entre as regiões.
Análises prospectivas de desempenho do sistema, para o período 2015 a 2018, utilizando todos os recursos disponíveis nos anos de 2014 e 2015, e utilizando 2.000 séries sintéticas de afluências, apontam valores para o risco de qualquer déficit de energia em 2015, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste de 4,0% e 0,4%, respectivamente, os quais atendem ao critério de planejamento.
Com base nas análises efetuadas, observa-se que houve melhoria nas condições de suprimento de energia do Sistema Elétrico Nacional.
O CMSE, na sua competência legal, de forma rotineira continuará monitorando as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País.
Ministério de Minas e Energia – MME
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE
Empresa de Pesquisa Energética – EPE
Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL (convidado)
[i] Em 2014 já entraram em operação 3.970 MW do total de 6.000 MW previstos.
[ii] Conforme recomendado no documento “Sumário Executivo do Programa Mensal de Operação – PMO de Março – Semana Operativa de 01/03/2014 a 07/03/2014, de 28/02/2014” e também utilizado como critério na elaboração do Planejamento Anual da Operação Energética – PEN.
[iii] Simulando-se o desempenho do sistema por meio de 2.000 séries sintéticas de afluências, os valores para o risco de qualquer déficit de energia passam para 1,7% e 0,6%, para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.
[iv] As medidas de flexibilização das restrições hidráulicas vem sendo implementadas, em articulação entre o MME e o MMA, através do IBAMA e da ANA.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério de Minas e Energia
(61) 2032-5620/5588
ascom@mme.gov.br
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