O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner, disse nesta terça-feira (18) que o corte de funcionários no setor elétrico, como anunciado ontem por Furnas, pode ser uma tendência no setor elétrico.
Por causa do pacote anunciado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, o presidente da Eletrobras, José Carvalho da Costa Neto, afirmou que a empresa será bastante afetada e que vai reduzir em até 35% a força de trabalho em Furnas até 2018 –dos atuais 6.401 para 4.174.
Para cumprir a meta, empresa está dando início a um plano de demissão incentivada.
“As empresas vão viver uma nova realidade. Isso pode ser uma tendência”, disse Hubner. “É natural que elas agora adequem suas receitas às suas despesas”, completou.
O diretor acrescentou ainda que, por mais que as companhias do setor façam força para alterar o calendário previsto para a renovação das concessões, “os prazos estão definidos pelo Decreto” e não há como adiar, por exemplo, as datas para assinatura dos contratos.
PACOTE
Na semana passada, o governo anunciou corte no preço de energia de 16,2% para consumidores e até 28% para a indústria.
De acordo com a presidente, a partir de 2013 os consumidores residenciais pagarão 16,2% a menos em suas faturas, enquanto as indústrias terão abatimento de 19% a 28%.
A definição exata sobre quão maior será esse corte –ou seja, além desses percentuais– dependerá de estudo da Aneel sobre cada empresa da cadeia de energia (geração, transmissão e distribuição).