Para 2012 estão previstas pelo menos 12 ações do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), lançado nesta quinta-feira (24), pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) aos sindicatos patronais das indústrias. O conjunto de ações planejado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) visa fortalecer a relação entre os sindicatos e as empresas e estimular o associativismo para consolidação das indústrias e garantir o crescimento econômico e social do país.
No encontro promovido pela Unidade de Desenvolvimento Associativo (Ueda) foram apresentados os principais temas de palestras, workshops e oficinas que serão realizadas durante o ano além de dois projetos inovadores que serão apresentados pela FIEMT. Em 2012, uma reformulação prevê a aproximação entre empresas e sindicatos por meio da promoção dos eventos pelas entidades representativas. Ou seja, os temas serão de interesse da indústria e promovidos com o apoio do sindicato, uma maneira de demonstrar como a filiação traz benefícios aos associados.
Entre as pautas estão assuntos trabalhistas e tributários, que geralmente causam dúvidas e aumento de custos nos negócios além de estratégias para ampliar indústrias filiadas, oferecer mais produtos e serviços e desempenhar uma melhor gestão em relação as contribuições sindicais. Para o representante da Fiemt na CNI, Alexandre Furlan, é preciso fortalecer a configuração do sistema para tornar os sindicatos mais fortes e as Federações e a Confederação pontos de referência para os mesmos. Como explica, se cada empresário dedicar uma pequena parte do tempo aos interesses coletivos é possível ampliar as conquistas para o setor. O lançamento também contou com a presença da representante CNI, Maria Valéria Jacques de Medeiros, que reforçou o apoio da entidade às federações e sindicatos e ressaltou a importância de levar exemplos de sucessos nos estados para outras unidades, como é o caso dos Seminários Regionais promovidos recentemente pela Fiemt.
O presidente do Conselho Temático de Desenvolvimento Sindical, Sérgio Antunes, afirma que é preciso colocar em prática as conquistas da luta em conjunto, mostrando os benefícios que podem ser adquiridos. Como exemplo, ele aponta as recentes aquisições do conselho para os sindicatos, como a compra de um sistema de software por preços mais acessíveis e a consolidação de descontos para empresas associadas na hora de adquirir serviços e produtos do Sistema Fiemt, Sesi-MT e Senai-MT. “A indústria que for sindicalizada poderá comprar os produtos do Senai, por exemplo, por até 50% a menos”.
De acordo com o presidente em exercício da Fiemt, Jandir Milan, a Federação está empenhada em estreitar o relacionamento entre os sindicatos e as empresas, pois acredita que este o caminho mais seguro para concretização do crescimento da indústria em Mato Grosso.
Para o diretor do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário de Cáceres (Sinduscom), Júlio César Parreira Duarte, ainda há um desconhecimento por parte dos empresários com relação aos sindicatos. “Os industriais não conhecem as atuações dos sindicatos patronais, acreditam que só haja representação para os trabalhadores e por isso não aderem às entidades”, afirma ao ressaltar a importância das ações dos sindicatos para as empresas.
