Devido a crise energética que o país esta enfrentando, o Ministério de Minas e Energia (MME) buscou em um plano de transformar os maiores reservatórios de hidrelétricas do Brasil em grandes “fazendas” de painéis solares uma alternativa para ampliar a capacidade de geração do setor. A sugestão é utilizar boias com painéis solares sobre o espelho d’água das usinas, uma vez que as turbinas não podem entregar um grande volume de energia devido à escassez da água, período em que o sol fica mais intenso.
De acordo com dados do ministério, o uso dos flutuadores solares pode acrescentar ao parque nacional de energia até 15 mil MW de potência, volume superior à capacidade máxima entregue pelas Hidrelétricas de Belo monte e Jirau, em construção na Amazônia.
O plano foi confirmado pelo ministro do MME, Eduardo Braga. “Estamos com muita expectativa em relação a esse projeto. Se o experimento der certo, já temos todo o sistema pronto para escoar essa energia”, disse. As barragens no Rio São Francisco, em Sobradinho, e no amazonas, em Balbina, foram as escolhidas para estrear o projeto. A partir das represas dessas hidrelétricas, os painéis flutuantes serão conectados diretamente às subestações de energia das usinas, o que simplifica o processo e reduz custos.
O gerenciamento dos painéis solares e a geração de energia será realizado pelas donas de Sobradinho e Balbina, Chesf e Eletronorte, respectivamente. A escolha de iniciar o plano nessas usinas se dá ao fato de serem controladas por estatais. Segundo Braga, o sucesso do programa acarretara em uma expansão do mesmo para outras hidrelétricas, incluindo as concedidas para concessionárias privadas.