Em: 09/03/2015 às 15:59h por

As entidades que representam indústrias e as centrais sindicais estão elaborando em conjunto um plano para recuperação do setor manufatureiro. Um manifesto deve ficar pronto até o fim de março. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e

Equipamentos (Abimaq) informou que estão sendo tomadas as providências finais para a constituição oficial de uma coalizão que reúne cerca de 40 entidades representantes de empresas e de trabalhadores.

Carlos Pastoriza, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), diz que a ideia é apresentar o manifesto para toda a sociedade. “Nosso movimento não tem nada a ver com questões políticas. Queremos o relançamento da indústria brasileira”. A iniciativa, diz ele, reúne empresas e trabalhadores, porque o Brasil está se desindustrializando e deixando de gerar empregos mais qualificados. “A indústria é a única maneira de o Brasil voltar a crescer. Não vamos crescer apenas exportando commodities.”

Segundo Pastoriza, o manifesto deve reivindicar uma política clara de estímulo ao desenvolvimento da indústria, que precisa de condições macroeconômicas mais favoráveis, como câmbio mais desvalorizado, taxas de juros menores, carga tributária mais amena e infraestrutura mais eficiente.

O movimento conta com a participação das seis principais centrais sindicais. Segundo Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a primeira reunião deve acontecer na próxima semana, quando serão definidos uma agenda e prazos para elaboração de propostas. “A indústria é o setor que mais gera empregos de qualidade, mas foi o que mais perdeu espaço no PIB nos últimos anos”. Vamos iniciar um processo para resgatar o setor. (Valor)