O governo anunciou nesta quarta-feira (4) que o risco de faltar energia no Sudeste e Centro-Oeste caiu de 7,3%, no início de fevereiro, para 6,1% agora. O índice foi divulgado após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor (CMSE).
A melhora se deve ao aumento das chuvas ao longo do mês de fevereiro, depois de um janeiro em que a quantidade de água que chegou aos reservatórios das principais hidrelétricas do país foi a pior da série histórica de 85 anos.
Mesmo assim, o índice de 6,1% supera o limite de risco admitido pelo sistema elétrico, que é de 5%.
Para a região Nordeste, informou o CMSE, o risco de faltar energia em 2015 é de 1,2%, o mesmo índice do mês passado.
No documento, o CMSE também traça um cenário de risco de déficit de energia considerando “o despacho pleno das térmicas em 2015.” Nesse caso, o risco permanece em 6,1%, no Sudeste e Centro-Oeste, e cai para 0%, no Nordeste.
Térmicas, ou termelétricas, são usinas que geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo e gás natural. Elas ajudam a poupar água dos reservatórios das hidrelétricas, mas produzem eletricidade mais cara, que causa aumento nas contas de luz. Elas vêm sendo mantidas ligadas desde o final de 2012 e respondem hoje por cerca de 20% da energia consumida no país.
A crise no setor elétrico, que elevou o risco de racionamento, é causada pela queda acentuada no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país, que ficam justamente no Sudeste e Centro-Oeste. Por isso o risco de faltar energia nas duas regiões é maior.
Essas hidrelétricas respondem por cerca de 70% da capacidade do país de gerar energia e estão com baixo nível de armazenamento de água devido à falta de chuvas. (G1)